FILMES CLSSICOS NAS TELONAS: PERFUME DE MULHER

Saiba tudo sobre o clssico que o Cinemark exibe nos seus cinemas dias 25, 26 e 29 de abril

24/04/2015 15:30 Por Rubens Ewald Filho
FILMES CLÁSSICOS NAS TELONAS: PERFUME DE MULHER

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Sexta temporada de Clássicos na Rede Cinemark

Os filmes desta temporada são:

- Rocky, Um Lutador - 28 e 29 de março; 1º de abril
- O Exorcista - 4, 5 e 8 de abril
- Mary Poppins - 11, 12 e 15 de abril
- Um Corpo que Cai - 18, 19 e 22 de abril
- Perfume de Mulher - 25, 26 e 29 de abril
- De Volta para o Futuro 2 - 2, 3 e 6 de maio

 

Perfume de Mulher (Scent of a Woman)

EUA, 1992. 157 min. Diretor: Martin Brest. Elenco: Al Pacino, Chris O’Donnell, Gabrielle Anwar, Phillip Seymour Hoffman (usando o nome de Phillip S. Hoffman), James Rebhorn, Richard Venture, Bradley Whitford, Rochelle Oliver, Frances Conroy, Ron Eldard.

Sinopse: Um tenente-coronel cego e aposentado contrata universitário para ajudá-lo, fazendo-lhe companhia num fim-de-semana em Nova York. Vão viajar , experimentar bons vinhos, boa bebida , dirigir limousines, até mesmo dançar um tango. Até um final inesperado.

Comentários: A história já havia sido feita no cinema italiano com Vittorio Gassman. Aqui dirigida por Martin Brest ficou mais dramática e foi também indicada aos Oscars de direção, roteiro e filme. Hoje já é um clássico moderno.

Este é o filme que finalmente deu o Oscar de Melhor Ator para Al Pacino, num momento realmente inspirado. O único de sua carreira (ele continua na ativa) já aos 75 anos (em 25 de abril). Foi indicado antes pelo filme que o consagrou, O Poderoso Chefão de Coppolla (73), seguido por Sérpico (74) de Lumet, Chefão II (75), Um Dia de Cão de Lumet (76), Justiça para Todos de Norman Jewison (80), Dick Tracy de Warren Beatty (91, como coadjuvante), O Sucesso a Qualquer Preço (Glengarry Glenn Ross, 93, como coadjuvante, de James Foley). E recentemente dois Emmys (Anjos na América, 04, de Mike Nichols, Você não Conhece Jack (You Don´t Know Jack, de 10), Phil Spector (idem) de David Mamet, 13.

Mas não dá para comparar esta versão americana com o original italiano homônimo de 1974 de Dino Risi e roteirista Ruggero Maccari (aqui creditados), com Vittorio Gassman no papel do cego (que era muito mais original, humano e divertido) e chegou a ganhar melhor ator em Cannes. Chegou a ser indicado ao Oscar de roteiro e de filme estrangeiro. O diretor Martin Brest resolveu usar o roteiro de Bo Goldman, que estica demasiadamente a história, gastando tempo demais com o estudante e optando por reviravoltas melodramáticas. O jovem estudante é feito por Chris O´Donnell que chegou a ficar famoso como o Robin de Batman de George Clooney. Mas não pegou bem e hoje sobrevive de séries de teve (NCIS Los Angeles, desde 2009).

O diretor Brest é outro caso a parte. Nascido em 8 de agosto no Bronx, Nova York, acertou com Um Tira da Pesada. Mas antes teve muitos problemas (foi, por exemplo, despedido de Jogos de Guerra, concluído por John Badham, depois largou Rain Man). Estudou no American Film Institute onde fez Hot Tomorrows. Mas é um realizador lento, que concluiu apenas cinco filmes em 20 anos. Escreveu um roteiro cheio de buracos e besteiras e fez uma fita sem ritmo ou rima com Contato de Risco, que provocou o maior escândalo ao ser anunciado pela crítica como o pior filme do século, e por ter rendido apenas 3 milhões e pouco de dólares no fim de semana de estreia. Foi realmente um exagero por parte da imprensa que detonou o casal de protagonistas Jennifer Lopez e Ben Affleck, que ficaram juntos por um tempo graças a esse filme. Mesmo não sendo tão ruim quanto apregoaram, Gigli deu a Brest os prêmios Framboesa de Ouro de Pior Diretor e Roteiro de 2003. Daí ele sumiu...

De qualquer forma a exuberância de Pacino é razão suficiente para conquistar o espectador ainda mais na famosa cena de dança de salão, onde mesmo cego ele chama a charmosa Gabrielle Anwar para dançar o tango “Por Una Cabeza” de Carlos Gardel. Duas semanas de ensaio e 3 dias para rodar. Jack Nicholson foi considerado para o papel.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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