FILMES CLASSICOS NAS TELONAS: TOP GUN - ASES INDOMAVEIS

Saiba tudo sobre o classico que o Cinemark exibe nos seus cinemas dias 08, 09 e 12 de agosto

06/08/2015 11:03 Por Rubens Ewald Filho
FILMES CLASSICOS NAS TELONAS: TOP GUN - ASES INDOMAVEIS

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Oitava temporada de Clássicos na Rede Cinemark:

- O Silêncio dos Inocentes (1991) - 04, 05 e 08/jul

- Cidadão Kane (1941) - 11, 12 e 15/jul

- Carrie - A Estranha (1976) - 18, 19 e 22/jul

- E.T. - O Extraterrestre (1982) - 25, 26 e 29/jul

- Clube dos Cinco (1985) - 01, 02 e 05/ago

- Top Gun - Ases Indomáveis (1986) - 08, 09 e 12/ago

 

Top Gun: Ases Indomáveis (Top Gun)

EUA, 1986. 104 min. Diretor: Tony Scott. Elenco: Tom Cruise, Kelly McGillis, Tom Skerritt, Val Kilmer, Meg Ryan, Michael Ironside, Tim Robbins, Adrian Pasdar, John Stockwell, Anthony Edwards, Barry Tubb, Rick Rossovich, James Tolkan.

Sinopse: Maverick é o novo estudante na Escola de Pilotos Navais, escola de elite, chamada Top Gun que se envolve com uma civil, uma professora do curso, em conflitos com rivais e mais tarde num confronto aéreo de verdade.

Comentários: Segundo o IMDB, está em desenvolvimento a continuação deste sucesso, com Tom Cruise voltando no Top Gun 2. Não me parece uma boa ideia. Este é o tipo do filme datado, que não resiste bem a uma revisão, onde suas tolices ficam muito claras, como o americanismo de suas mensagens chegam a irritar (principalmente porque eles entram na parte final numa espécie de guerra muito mal explicada, não se entende muito bem com quem e por que! No mundo de hoje, confuso e caótico – aliás, mais do que nunca não dá para se admitir uma besteira dessas. Na verdade, todo o filme serviu como arma de recrutamento para possíveis pilotos da Força Aérea americana e durante anos foi assim usado (sabe-se lá se hoje ainda não é o caso!). O fato dele usar o nome Maverick (que seria um apelido, seu sentido por ser aventureiro, dissidente, pessoa de pensamento independente) já revela muito sobre as intenções e falta de vergonha do filme inclusive na formação do casal, Cruise, que é menor e moleque, ainda mais perto da sua professora e interesse romântico, a Kelly McGillis, de A Testemunha (que não demorou teve problemas com estupro e acabou assumindo que era lésbica e envelheceu precocemente). Foi uma produção dos famosos Jerry Bruckheimer e Don Simpson, inspirada num artigo de revista, e que no fundo serviu como material para recrutar novos pilotos para a Marinha. Chegou a ser indicado aos Oscars de montagem, som, edição de som, e ganhou o de canção (Take my Breath Away), de Giorgio Moroder e Tom Whitlock. A mesma música levou o Globo de Ouro da categoria. O Grammy foi para o tema Hino do Top Gun, de Steve Stevens e Harold Faltermeyer.

No Brasil naturalmente foi sucesso e nas edições posteriores em DVD deixaram de usar o subtítulo nacional, Ases Indomáveis. Foi um imenso sucesso e daqueles filmes que nunca pararam de vender em Vídeo. Porém nunca foi levado a sério porque o insider sabia que os produtores não podiam ser levados a sério (e o triste fato foi que Simpson, morreria em 1996, aos 52 anos, vitima de overdose de drogas). Bruckeheimer continua na ativa, saiu da Disney mas faz hoje muitas séries de TV (como a Amazing Race, CSI Cyber) e continuações como Um Tiro da Pesada 4, novo Piratas do Caribe, Bad Boys 3.

 O espírito deste Top Gun porém é igual aos filmes da Segunda Guerra Mundial, apresentando as virtudes do Serviço Militar, os prazeres da vida numa farda e as delícias de morrer por seu país. E como os pilotos se divertem implicando um com o outro. Os verdadeiros astros são os aviões, suas acrobacias e feitos incríveis. Um pouco confusas mas espetaculares. Foi grande momento do estrelato do jovem Cruise (substituindo Matthew Modine) que está ajudado por vários futuros astros em papéis pequenos (Meg Ryan,Val Kilmer, Tim Robbins, Anthony Edwards de “ER”). Militarista, superficial, conseguia na época ser ainda envolvente. As cena de amor do casal foram filmadas depois a pedido dos exibidores que viram em previews (e como tinha pintado o cabelo no elevador, Kelly usa chapéu e Tom está com o cabelo molhado). A cena seguinte é também muito escura por essa razão, meio azulada.

A música de Top Gun fez época e nas decolagens e Impacto (Afterburn, há em vídeo o depoimento dos montadores que afirmam que o filme foi salvo somente na edição que lhe deu sentido! Até então não tinha pé nem cabeça. Junto com o filme saíram três videoclipes (Berlin, Take my Breath Away; Kenny Loggins, Danger Zone; Loverboy, Heaven in her Eyes).

John Carpenter e David Cronenberg recusaram dirigir a fita. Quem acabou dirigindo foi o inglês Tony Scott, o irmão de Ridley Scott e que se matou em agosto de 2012, sem que até hoje saiba-se de alguma razão convincente. E nunca foi feita uma continuação porque Cruise exigia dinheiro demais (porque não queria fazer) e a Força Área queria segredo de suas novas naves. Não se deve esquecer a versão que Tarantino dá a fita, como uma atração/flerte homossexual entre Maverick e Iceman com a mulher como mero disfarce (o fato de Kelly era bissexual na vida particular dava subsidio a isso). Revendo o filme parece que ele tem razão. Mas de todos os clássicos da Cinemark este é o que menos merece esse nome.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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