FILMES CLASSICOS NAS TELONAS: E.T. - O EXTRATERRESTRE

Saiba tudo sobre o classico que o Cinemark exibe nos seus cinemas dias 25, 26 e 29 de julho

24/07/2015 15:19 Por Rubens Ewald Filho
FILMES CLASSICOS NAS TELONAS: E.T. - O EXTRATERRESTRE

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Oitava temporada de Clássicos na Rede Cinemark:

- O Silêncio dos Inocentes (1991) - 04, 05 e 08/jul

- Cidadão Kane (1941) - 11, 12 e 15/jul

- Carrie - A Estranha (1976) - 18, 19 e 22/jul

- E.T. - O Extraterrestre (1982) - 25, 26 e 29/jul

- Clube dos Cinco (1985) - 01, 02 e 05/ago

- Top Gun - Ases Indomáveis (1986) - 08, 09 e 12/ago

 

E.T. – O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial)

EUA, 1982. 115 min. Diretor: Steven Spielberg Elenco: Henry Thomas, Drew Barrymore, Robert MacNaughton, Dee Wallace-Stone, Peter Coyote, K.C. Martel, Sean Frye, C. Thomas Howell, Erika Eleniak.

Sinopse: Um extraterrestre é deixado acidentalmente na Terra, e acabará fazendo amizade com o garoto Elliot e seus irmãos, para conseguir “telefonar para casa” e pedir que venham lhe buscar.

Comentários: Não foi uma boa ideia substituírem armas de fogo por walkie-talkies numa versão revisada que fracassou nos cinemas aqui e nos EUA. Nem precisava salvar a cena do banho de ET (e do banheiro inteira), nem dar um “upgrade” em certos efeitos e detalhes. Tudo isso são apenas perfumaria para justificar uma reprise e a inevitável edição em DVD. Estou supondo que foi tudo restaurado ao seu original (já que Spielberg se confessou arrependido da besteira que fez!). Mas de qualquer forma fica difícil até para o espectador de hoje dar ao filme uma perspectiva histórica. O mais estranho é que E.T. nunca tenha tido uma continuação mesmo tendo rendido mais de 700 milhões de dólares (não contando a inflação).

Rodado em segredo e modestamente, Spielberg ingenuamente pensava que fazia um filme pessoal e até experimental - acabou sendo consagrado como a fita de encerramento no Festival de Cannes, onde foi aplaudido de pé e abriu caminho para uma carreira espetacular. Quase todo o elenco juvenil se aproveitou disso. A menina Drew Barrymore (neta de John Barrymore e de toda a estirpe de atores) era apenas uma guria de 6 anos (seu grito ao descobrir o E.T. no armário ficou famoso) e dali em diante teve uma carreira atormentada mas bem sucedida que a mantém como estrela. O menino Henry Thomas (10 anos na época) foi escolhido num teste onde fez Spielberg chorar ao contar sobre o dia em que seu cachorro morreu. Depois cresceu e nunca deixou de trabalhar, inclusive em filmes importantes. Do grupo de amiguinhos, um deles C. Thomas Howell que depois fez boa carreira (inclusive em Vidas sem Rumo, de Coppola). Erika Eleniak que faz a garota que Elliot beija na escola lembrando Depois do Vendaval de John Ford com Wayne e Maureen O´Hara, depois posaria nua para Playboy (assim como Drew seria atriz de fitas como A Força em Alerta). Também virou astro Peter Coyote (que faz o cientista vilão). Harrison Ford reza a lenda faz uma ponta como o professor de Elliot (mas não dá para reconhecê-lo, já que aparece apenas da cintura para baixo). O garoto que fazia o irmão mais velho não deu certo e hoje trabalha como carteiro!

A sequência da fuga de bicicletas onde elas voam, serviu de inspiração para o logotipo da firma de Spielberg, a “Amblin”. O filme foi rodado sempre com a câmera baixa, como se sempre fosse mostrada pelo ponto de vista das crianças. O filme tornou famoso uma frase: “E.T... Phone... Home”. A atriz Debra Winger foi uma das pessoas que contribuiu para dublar a voz do ET. Indicado para vários Oscars (melhor filme, diretor, roteiro, efeitos visuais) ganhou apenas o de som, trilha musical para John Williams, efeitos visuais e efeitos sonoros (o melhor foi absurdamente Gandhi). O rosto de E.T. foi moldado se inspirando nos rostos de Carl Sandburg e Einstein . Quando estreou nos cinemas brasileiros, E.T. tinha um nome mais comprido: E.T. ou Um Extraterrestre em sua missão na Terra (que depois foi convenientemente esquecido).

O mundo inteiro se apaixonou por E.T., o feio e adorável extraterrestre que Steven Spielberg inventou e que foi por uns anos, a maior bilheteria de todos os tempos. Mais que um filme, se tornou um fenômeno. O que era originalmente uma produção modesta em que o produtor procurava ser fiel a suas fantasia, acabou atingindo toda a massa popular. E.T. seria de uma certa maneira o que teria acontecido se uma de suas criaturas de Contatos Imediatos de Terceiro Grau” tivesse sido deixada na Terra por engano. É assumidamente “um conto de fadas da era espacial” inspirado em Peter Pan (que é citado num diálogo, embora outros o definam como “o pequeno príncipe revisitado”). De qualquer forma, é inegável a competência de Spielberg como realizador, capaz de envolver o espectador em qualquer circunstância.

Escrito em parceria com Melissa Mathison (que a única coisa de importante que fez foi ficar casada por uns tempos com Harrison Ford). Tem origem na própria infância de Spielberg, num subúrbio semelhante ao do filme, onde ele próprio sonhava um dia encontrar um amigo como aquele (Spielberg afirma que a fala do cientista é autobiográfica: ao dizer “Que a vida inteira sonhou em encontrar alguém assim”). Rodado como A Boy’s Life, para que não lhe roubassem a ideia, com um orçamento pequeno, com apenas 10 milhões de dólares, dos quais, 1,5 e meio foi para Carlo Rambaldi criar o E.T.

O filme se passa quase inteiramente em uma casa de subúrbio de uma família de pais separados, como a de Spielberg. Pela primeira vez ele trabalhou sem antes planejar as cenas em storyboards, e deixou fluir o senso de humor. É principalmente um filme sobre o universo das crianças, é o herói Elliot de apenas 10 anos (o ótimo Henry Thomas) que encontra o E.T. e é ajudado pelo irmão mais velho, pela irmã mais nova e toda a sua turma.

Todos os achados do roteiro são felizes. A bebedeira de E.T (uma cena que depois foi cortada da versão em vídeo por ser “mau exemplo”), ele assistindo Depois do Vendaval na televisão, e passando as sensações para Elliot, a saída para festa de Halloween (há uma rápida citação de Yoda). Mestre de filmes de aventura, não é surpresa nenhuma ver a eficácia da cena de perseguição e suspense. Na verdade, era um filme para ninguém botar defeito (as imitações hoje lhe tiraram o frescor), nem acréscimos. Claro que a melhor criação é a do próprio monstrinho, uma maravilha de concepção (“Uma criatura que apenas uma mãe seria capaz de amar”), que conquistou o coração de crianças e adultos.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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