OSCAR 2014: Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)

Finalista do Oscar® para efeitos visuais, com grande chance de ganhar.

09/02/2014 18:16 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)

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Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)

EUA,13. 130 min.Direção de Shane Black. Fantasia/Ficção cientifica/Quadrinhos. Roteiro de Drew Pearson, Shane Black, baseado em quadrinhos de Stan Lee, Don Heck, Larry Liebler, Jack Kirby. Com Robert Downey Jr, Gwyneth Paltrow, Rebecca Hall, Guy Pearce, Ben Kingsley, Don Cheadle, voz de Paul Bettany (como Jarvis),Jon Favreau, William Sadler, James Badge Dale, Ashley Hamilton, Miguel Ferrer.

 

Como era de se esperar, na lista dos finalistas do Oscar® para efeitos visuais está o Homem de Ferror 3, com grande chance de ganhar.

Uma boa noticia: este terceiro filme é o melhor da série e possivelmente um dos melhores  filmes já feitos adaptando quadrinhos. Ao menos, fazia tempo que não tinha semelhante sensação de euforia, rindo muito, torcendo com a ação, apreciando os efeitos especiais. Antes de tudo porque preferiu adotar um tom de comédia. Certamente foi influencia do astro Downey Jr (a tal ponto que se confundem sua “persona”, ou seja seu tipo cinematográfico cínico e auto critico com a do personagem, Tony Stark. Depois deste filme termina seu contrato com a série e seria impensável substituí-lo. A identificação é total e funciona).

Acontece que Downey resolveu convocar para o projeto Shane Black, que é famoso como roteirista do primeiro Máquina Mortífera, depois O Ultimo Boy Scout, o cult Deu a Louca nos Monstros. Também dirigiu e escreveu outro cult com Downey que foi Beijos e Tiros (Kiss Kiss Bang Bang, 05 ) que era um policial satírico bem inteligente. Foi um pouco esse espírito que eles tentaram trazer para o fim desta trilogia, inclusive usando um truque. Reparem como nos primeiros vinte e tantos minutos não há ação (contrariando a regra do gênero) simplesmente porque eles querem que o público embarque no tema jocoso e cheio de piadinhas (aquelas que os americanos chamam de “One liners”. Por exemplo, ao encontrar um loirinho menino de óculos, Downey diz: ”você estava ótimo Uma Historia de Natal!”. Poucos vão entender aqui, mas o garoto é a cara do herói daquele filme cult nos EUA).

O importante é não se levar a sério demais. Vamos brincar e rir e nos surpreender juntos. E foi o que o filme fez comigo. Os fanáticos por quadrinhos (que são uma legião) até gostaram da resolução com o que acontece com Pepper e aceitaram uma mudança na figura do vilão maior, o famigerado Mandarim, interpretado de maneira brilhante e surpreendente por Ben Kingsley (que bem merecia uma indicação ao Oscar® de coadjuvante). Com frases melhores para contrabalançar a ação, todos os atores estão em grandes momentos. Guy Pearce esta sempre competente, mas se supera aqui como outro vilão Aldrich Killian, assim como finalmente Don Cheadle finalmente tem alguma chance de aparecer como o amigo que usa a roupa chamada “Maquina de Guerra”. Aparece ainda a inglesa e charmosa Rebecca Hall (Vicky Christina Barcelona) como um amor de uma noite do passado.  Grande parte de ação também é em cima da tentativa de Tony Stark em aperfeiçoar sua “armadura”. Embora o filme tenha sua dose de traições e intrigas, grande parte da trama é apresentar grandes cenas de efeitos especiais (como a destruição total de sua casa na colina em Malibu, a explosão do avião presidencial, o questionamento do cientista em Stark quando luta para aperfeiçoar sua roupa).

Estou sendo discreto ao contar detalhes do filme, sua trama e mesmo surpresas para não estragar o prazer de ninguém. Não saia antes dos letreiros finais (como já sabem os fãs dos Avengers) ainda que demorados porque tem ainda uma ceninha reveladora.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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