RESENHA CRTICA: O ltimo Amor de Mr. Morgan (Mr Morgans Last Love)

Neste filme, o sempre convincente Michael Caine um vivo que por acaso conhece uma professora de dana

24/06/2014 11:39 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Último Amor de Mr. Morgan (Mr Morgan´s Last Love)

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O Último Amor de Mr. Morgan (Mr Morgan´s Last Love)

Inglaterra, 13. Direção e roteiro de Sandra Nettelbeck. Com Michael Caine, Clemence Poesy, Jane Alexander, Michel Goddet, Gillian Anderson, Justin Kirk. Baseado no Livro La Doceur Assassine de Françoise Dorner, adaptado por Nettelbeck.

 

Embora tenha participado de alguns festivais e estreado em novembro nos EUA, passou em branco sem despertar qualquer emoção ou renda, esta produção europeia que foi dirigida e escrita pela interessante alemã Sandra Nettelbeck que fez o sucesso Simplesmente Martha (depois refeito pelos americanos com Sem Reservas). Mas acho que foi uma questão de intensidade, frieza, tem bons, ate grandes atores, mas alguma coisa deixa a plateia ausente e desatenta. Embora as estatísticas demonstrem que cada vez há mais espectadores nas salas com mais de cinquenta anos (e cada vez mais adolescentes) este é daquelas que se vê e se esquece.

Rodado em Paris, o que sempre é um prazer visual, traz o sempre convincente Michael Caine como um viúvo que por acaso conhece uma professora de dança que o impressiona e lhe traz um pouco de alegria. Na verdade estaria mais para Quarteto ou Marigold do que o Amor, mas o ritmo poderia ser mais eloquente ate usando a trilha musical de Schubert, adaptada por Hans Zimmer. Talvez o problema seja sua própria origem alemã que não tem prática ainda em conquistar mercado estrangeiro e realizar filmes em inglês (o anterior Helen, 09, com Ashley Judd nem passou aqui até onde eu sei ).

Na adaptação a diretora mudou o protagonista que era um francês para um expatriado americano, ex-professor de filosofia que se mudou para lá com a falecida esposa (Jane Alexander em pequena ponta), morta já há 3 anos. Chega a fazer tentativa de suicídio, mas se interessa pela moça (a francesa Poesy, de dois Harry Potters, Na Mira do Chefe, 127 Horas) e logo esta dançando o cha cha cha. Mas em vez de desenvolver melhor um romance, o filme opta por outra tentativa o que obriga a presença dos dois filhos do protagonista, Justin Kirk e Gillian Anderson que chegam com suas dúvidas e questões, discutindo o que fazer com a casa de férias da mãe em Saint-Malo. Gillian ao menos tem certa energia (assim como felizmente Poesy) enquanto Caine como já disseram poderia fazer um papel desses dormindo. E às vezes parece que faz isso mesmo. 

A situação piora ainda mais na segunda parte, ou Segundo ato, quando o filho decide ficar mais tempo em Paris, lavar a roupa suja com o pai e acaba se formando uma espécie de triângulo. Mas ai a maior parte da plateia já esta dormindo faz tempo...

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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