RESENHA CRTICA: Amor & Amizade (Love & Friendship)

Este o retorno de um diretor americano cult, numa adaptao de livro de Jane Austin, endereada ao pblico feminino

11/08/2016 00:13 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Amor & Amizade (Love & Friendship)

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Amor & Amizade (Love & Friendship)

EUA/Inglaterra, 16. 92 min. Direção e roteiro de Whit Stillman. Com Kate Beckinsale, Xavier Samuel, Chloe Sevigny, Stephen Fry, Tom Bennett, Emma Greenwell.

Este é o retorno de um diretor americano cult, que chegou a visitar o Brasil para promover Metropolin ( 90 e depois Barcelona). Tem um estilo muito particular, mostrando criticamente a alta sociedade de Nova York. Realizou ainda Damsel in Distress, 11, com Greta Gerwig e Adam Brody e antes disso O Último Embalo do Disco (98, ou seja da moda de discoteca), que justamente era estrelado pelo inglesa Kate e a americana Sevigny que ele conseguiu reunir aqui, embora a participação desta última seja relativamente pequena (Kate que começou a carreira na sua terra natal Inglaterra ainda muito jovem, depois acertou na América como estrela da série Anjos da Noite - feita pelo marido Len Wiseman (já se divorciaram) e filmes como Pearl Harbor e O Aviador. Kate passou quatro anos sem trabalhar e voltou quando Sienna Miller desistiu do papel. Rodado basicamente na Irlanda, o filme modesto que teria custado 3 milhões de dólares foi bem, rendendo por volta de 13 milhões.

Desta vez o diretor conseguiu a oportunidade de adaptar uma obra menos conhecida de uma escritora britânica, que se tornou totalmente cult na America, Jane Austen (1775-1817) com seu livro Lady Susan. Ela escreveu, entre outros, Orgulho e Preconceito, Emma, Razão e Sensibilidade, Amor e Inocência e Mansfield Park.

O livro original póstumo era todo narrado através de cartas. A ação se passa em 1790, quando a viúva Lady Susan Vernon vai para a residência de seus parentes para evitar boatos sobre sua vida particular. Mas está preocupada também em conseguir um marido para ela e para sua relutante filha adolescente Frederica. O diretor utiliza alguns detalhes novos para o gênero, por exemplo, cada personagem que aparece é identificado pelo nome e categoria, por vezes também com detalhe sobre sua fortuna ou desvio. Usa também legendas na tela quando se lê uma carta. Mas não espere nada de original.

A história endereçada ao público feminino se passa basicamente numa bela casa, inferior a Downtown Abbey, no que se pode chamar comédia de costumes (embora não haja piadas ou sacadas muito divertidas, com a exceção Tom Bennett como o futuro marido). O galã jovem é o australiano Xavier Samuel esteve na saga Crepúsculo - Eclipse, em Corações de Ferro. Mas quem realmente domina o filme com seu charme e beleza é Kate Beckisale numa personagem forte e interessante.

Ao final, todos os atores são identificados e supõe-se que as aventuras de Lady Susan irão continuar...

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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