RESENHA CR�TICA: Moana - Um Mar de Aventuras (Moana)
Embora esteja sendo classificado entre os finalistas dos longas de anima��o para premia��o, este Moana mant�m o �xito de bilheteria


Moana - Um Mar de Aventuras (Moana)
EUA, 16. 107min. Direção de Ron Clements, Don Hall. Vozes no original de Auli´Cravalho, Dwayne Johnson, Rachel House.
Embora esteja sendo classificado entre os finalistas dos longas de animação para premiação, este Moana mantém o êxito de bilheteria e concorre com dois outros desenhos da Disney, que parecem ter mais chance de premiação, como é o caso de Zootopia ou Procurando Dory (este não entrou em todas as seleções porque houve bons rivais estrangeiros com o oriental Kubo e as Cordas Mágicas/ Kubo and the Two Strings, em cartaz no Brasil, e My Life as a Zuchini, que desconheço, e o bonito belga A Tartaruga Vermelha). Junto com Moana tem também um curta-metragem que foi realizado por um brasileiro e que tem chance então de finalmente nos dar um Oscar, Trabalho Interno (Inner workings, de Leonardo Matsuda).
Como sempre o filme vai bem de bilheteria nos EUA passando de 160 milhões de dólares, mas teria custado 150, o que faz com que tenha que render bastante no exterior. Quem o dirigiu foi uma dupla já veterana: Ron Clements (que fez Alladin, A Princesa e o Sapo, A Pequena Sereia e Hércules) e Don Hall (Tarzan, Operação Big Hero). A escolha foi procurar uma ambientação nova (no caso os Mares do Sul, em particular o Havaí, solar e de céu e águas azuis).Não tem nada de original e erra em utilizar tão poucos animais coadjuvantes (há um porquinho que logo some e um galo desengonçado). O herói que surge depois de algum tempo é o popular Dwayne Johnson, que faz o herói Maui (o papel é criado especialmente para ele, usando seu corpo coberto de tatuagens ainda por cima moveis e fazendo jus a seu apelido de antigo herói de luta livre, como The Rock). E o moço não sabe cantar mas nem por isso com a ajuda da tecnologia moderna consegue disfarçar. Já que a verdade é que ele conquistou um espaço nos filmes de aventura. Para fazer a heroína foi descoberta uma havaiana nascida em 2000 em Huai e também é cantora, cantando as canções na versão original. Por sinal bem bonitinhas.
Mas por que me demoro em comentar o filme:a é porque achei que havia pouco o que ressaltar. É a mesma formula de sempre, um pouco longo demais, mas alegre, movimentado, com piadinhas medianas (quase sempre com a rivalidade da heroína com o teimoso Maui) e refrescantes perseguições em jangadas que enfrentam os perigos do mar. Há poucos coadjuvantes a não ser a avó que guarda um segredo que seria fundamental para salvar a ilha onde vive a heroína (embora sonhe em fugir dali).
Ou chega, a fórmula Disney resultando num filme consumível . Mas também não seria possível a toda vez fazer um clássico!


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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