As Aventuras Extraordinrias de Mr. West no Pas dos Nolcheviques

Prestes a viajar URSS, um magnata norte-americano, Mr. John West (Porfiri Podobed), advertido para evitar o solo sovitico. Ele descumpre as ordens e segue para o territrio, considerado um lugar de brbaros. Para se proteger leva junto o cowboy Jeddy (Boris Barnet), que seu guarda-costas, mas acaba virando alvo de ladres e pessoas traioeiras.

10/12/2018 15:07 Por Felipe Brida
As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Nolcheviques

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As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Nolcheviques (Neobychainye priklyucheniya mistera Vesta v strane bolshevikov). URSS, 1924, 55 min. Comédia. Preto-e-branco. Dirigido por Lev Kuleshov. Distribuição: CPC-Umes Filmes

Virou cult esta comédia soviética pastelão feita para competir com os filmes americanos da Slapstick, os do Chaplin e da dupla O Gordo e o Magro, com piadas visuais malucas e humor cáustico. Foi rodada no período Entreguerras, em 1924, pelo diretor Lev Kuleshov (1899–1970), seu maior trabalho ao lado de “Dura lex” (1926).

É uma sátira inteligente à visão dos americanos sobre os soviéticos, sobretudo ao modo de viver num país socialista. De um lado os russos como um povo bárbaro, ilhados do globo, e de outro, os americanos, meio ingênuos meio dominadores. Mr. West é o ricão que tem um companheiro inseparável – o primeiro é um nerd de óculos, o segundo, um jeca atirador, dois estereótipos do povo da América do Norte, com certo exagero. West lê magazines, os veículos mais importantes da época, e nas páginas descobre a recém-formada URSS, um país misterioso, onde o perigo ronda. Para lá viaja enfrentando uma série de aventuras, uma enrascada pior que outra, no melhor estilo da comédia absurdo.

Mudo, preto-e-branco e sem trilha sonora. Durante as explicações em caixas de texto há citações a montadores do cinema e diretores russos, como Vsevolod Pudovkin, que é o roteirista deste aqui.

Saiu em DVD no Brasil pela CPC-Umes Filmes numa cópia bem boa licenciada pela Mosfilm, mas com metragem de 55 minutos, bem menor do que a original (de 94 min). É a única disponível no Brasil, e os cortes felizmente não impactam na história. História divertida, risos garantidos, e a reflexão política continua válida.

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Sobre o Colunista:

Felipe Brida

Felipe Brida

Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na rea de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semitica e Histria da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso tcnico de Arte Dramtica no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantm as colunas Filme & Arte, na rede "Dirio da Regio", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatrio da Imprensa e para o informativo eletrnico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canad). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rdio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notcia da Manh. Ex-comentarista de cinema nas rdios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como jri em festivais de cinema de todo o pas. Contato: felipebb85@hotmail.com

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