RESENHA: As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr.Peabody & Sherman)

Segundo Rubens Ewald Filho, este filme de animação tem excelente qualidade de imagem e até mesmo um conteúdo cultural. Confira!

26/03/2014 11:51 Da Redação
RESENHA: As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr.Peabody & Sherman)

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Aventuras de Peabody & Sherman, As (Mr.Peabody & Sherman). EUA, 14. Direção de Rob Minkoff.

 

Embora já tenha estreado há algum tempo, vale a pena registrar que esse novo filme de animação tem excelente qualidade de imagem e até mesmo um conteúdo cultural, de informação que nenhum outro do momento sequer procurou imitar. Além disso é o único dos recentes que foi dirigido por um realizador já conhecido,  já que Minkoff fez O Rei Leão, os dois Pequenos Stuart Little, e o fantasioso O Reino Proibido.

Não conheço os personagens originais que eram de desenho animado de televisão do mesmo autor, Jay Ward (1920-89), que criou mais personagens famosos como George of the Jungle (O Rei da Floresta), Alceu e Dentinho, A Policia Desmontada (Dudley-Do Right), muitos deles da série Rocky Bullwinkle e Amigos. Mas a atualização do que era chamado de "Peabody's Improbable History" é rica em imaginário e informações, porque tiveram a ideia de deixar para a segunda parte uma viagem no tempo que vai mostrar para as crianças como era Leonardo da Vinci e a Mona Lisa, o velho Egito de Tutamenkon, o presidente americano George Washington (tem aparições também de Lincoln e até do recente Clinton), e até mesmo Kirk Douglas gritando “Eu sou Spartacus!”, passando pela Guerra de Tróia, com cavalo e tudo, a Corte Francesa e até um Buraco Negro! E os fãs perceberão que há varias citações dos desenhos originais, desde a aparição do cachorro fazendo ioga e assim por diante...

O herói é um super inteligente mesmo genial, que por ser tão fora do comum, conseguiu o direito de adotar uma criança abandonada (seu lema é divertido: toda criança deve ter um pai cachorro. Ou será o oposto: todo cachorro deve ser pai de uma criança? Tanto faz porque é a ausência de preconceitos e a necessidade de amor e cuidados, que o filme defende e apresenta de forma encantadora. E por vezes engraçada!

Mr Peabody é muito formal, gosta de ser chamado de Senhor e dá duro no filho que é inseguro ainda mais quando vai para uma escola e sofre bullying por parte de uma garota riquinha, que acaba provocando todo o conflito. Segundo dizem o filme teria custado 145 milhões de dólares (está indo bem de bilheteria por lá mas não passou ainda dos 82 milhões, periga de não se pagar!). É verdade que poderia ser mais satírico e mesmo engraçado mas dificilmente podia se superar no design e animação.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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