NA NETFLIX: 1922 (Idem)

Não tem grandes efeitos. Há poucos diálogos e acabam esticando a história. Tenho minhas dúvidas se o espectador tradicional vai gostar do resultado

25/01/2018 13:55 Por Rubens Ewald Filho
NA NETFLIX: 1922 (Idem)

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1922 (Idem)

EUA, 2017. 1h42 min. Direção de Zak Hilditch. Roteiro de Zak baseado em história de Stephen King. Com Thomas Jane, Molly Parker, Dylan Schmid, Kaitlyn Bernard, Neal McDonough, Brian D´Arcy James,

A Netflix continua apresentando projetos originais e curiosos, como esta nova adaptação de uma novela do célebre e popular Stephen King, ainda que bem longe das aventuras de ação do autor. Na verdade, o título não é nada atraente e mesmo a presença do rosto maquiado do protagonista também não ajuda muito (Thomas Jane é um ator que foi casado com Patricia Arquette, fez alguns filmes de terror (O Nevoeiro, O Apanhador de Sonhos/Dreamcatcher, Do Fundo do Mar), mas o personagem mais marcante foi em 2009-11, quando estrelou a série de TV da HBO, chamada Hung onde fazia o papel de um homem superdotado sexualmente e como se virava com isso! Na verdade, quando vocês virem a capa do filme vão custar a identificar o ator que procurou emagrecer e ficar muito feio, na verdade com cara de mau (passa-se curiosamente no mesmo lugar onde Stephen King situou outra obra sua, a Hemingord Home de The Stand).

O diretor também é desconhecido aqui, tendo feito curtas e os longas são inéditos menos o mais recente, que é As Horas Finais/These Final Hours, 13, com os desconhecidos Jessica de Gouw, David Field e Nathan Philips (sobre cataclismo que promete acabar com o mundo). Este filme recente é sombrio, trágico e apesar disso não chega a ser exatamente terror. O livro original é uma novela de 122 páginas que faz parte do livro de antologia Full Dark, No Stars. Jane faz o papel de Wilfred James, fazendeiro do Nebraska, casado com uma mulher chamada Arlette (em compensação a atriz Molly Parker é boa e está no novo Lost in Space, fez A Estrada, Deadwood, e foi indicada ao Emmy por House of Cards). Eles são infelizes e tem um filho jovem Henry (Dylan Schmid). A esposa não gosta do lugar e quer se mudar para a cidade. O marido desgosta da ideia, mas os problemas só vão piorar, porque o filho se interessa por uma garota Shannon (Kaitlyn).

É então que o filme vai ficando trágico, não exatamente terror. É uma questão de loucura e insanidade que aos poucos vai se tornando ainda mais trágico. Não tem grandes efeitos. Há poucos diálogos e acabam esticando a história. Tenho minhas dúvidas se o espectador tradicional vai gostar do resultado. Para o meu gosto, Mr. King sempre acaba ficando melhor por escrito que na tela.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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