NA NETFLIX: Filmes recém chegados

Conheça 8 filmes que você pode assistir na Netflix

09/10/2018 01:03 Por Rubens Ewald Filho
NA NETFLIX: Filmes recém chegados

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Alex Strangelove ***1/2

EUA, 2018. 1h39min. Com Daniel Doheny (Alex), Madeline Weinstein (que não é parente do produtor homônimo que está sendo processado), Antonio Marziale, Daniel Zolghadri, Nik Dodani, Fred Hechinger, Annie Q.

Produzido pelo humorista Ben Stiller, é dirigido por um talentoso mas quase desconhecido, Craig Johnson (que fez o telefilme Mating, Wilson, Irmãos Desastre, True Adolescents e um capitulo de Looking). E tem na sequência final uma ótima sacada, apresentando um grupo de jovens de origem variada procurando explicar porque se tornaram gays! Na verdade, lembra muito outro semelhante que passou nos cinemas, mas ficou devendo, com um elenco fraco e um roteiro irregular. Falo de uma história sobre um adolescente que aos poucos vai se descobrindo que tem tendências gays e procura encontra um parceiro. Esse filme bonzinho e bem intencionado, mas medíocre e inconvincente, Com Amor Simon (Love, Simon, de Greg Berlanti). A situação aqui é muito mais humana e divertida, tudo pra cima. O herói que se chama Doheny, é um jovem moreno e simpático, que se dá bem com todo mundo, mas tem duvidas quanto a sua sensualidade. A família dele não é muito explorada no enredo até porque ele gosta muito da namorada, mas não consegue ter uma relação sexual com ela. Então acaba sendo a moça que vai lhe aproximar de um outro rapaz porque ele tem atração. Também os amigos, um deles, em particular Daniel Zolghadri, é quem brilha mais dando divertidos conselhos. Ou seja, um filme positivo, divertido e de bom astral.

 

Sienna Burgess é uma Loser (Sienna Burgess is a Loser) ** 1/2

EUA, 18. 1h45min. Este é o primeiro filme como diretor de Ian Samuels (antes fez apenas curtas metragens). Com Alan Ruck (o pai), Lea Thompson (a mãe), Joey Morgan, Loretta Devine, Shannon Purser (como Sierra), Kristine Froseth, R.J.Cyler, Noah Centineo, Girgia Whigham, Alice Lee.

Não sei se todo mundo vai entender o sentido de Loser, perdedora, a que não acerta uma. Mas é a proposta desta comédia romântica para adolescentes, em particular para o publico feminino, não muito realista (na vida real difícil algo como esta trama se tornar realidade!). Tudo é bonitinho e leve demais, já que até os possíveis inimigos vão sendo diluídos. A protagonista é uma garota acima de gordinha, sardenta e pouco atraente, mas que vive um mundo de fantasia na high school na esperança de conquistar um admirador. O que vem a acontecer é que há uma confusão de identidades e acaba ficando no lugar da garota mais bonita da classe (para complicar, além de bela, a garota também tem problemas com uma mãe gorda demais e família chata). Assim encontra o rapaz que se interessa por ela. Claro que não faz maior sentido ou lógica, mas o filme é uma fantasia para teens, que não ofende nem deixa grandes lembranças.

 

Tal Pai,Tal Filha (Like Father) *1/2

EUA, 2018. 1h38min. Direção de Lauren Miller Ronge (mulher de Seth Rogen). Com Kristen Bell, Kelsey Grammer, Paul Downs, Zach Appleman, Seth Rogen, Blaire Brooks, Leonard Ouzts, Kimiko Glenn, Danielle Davenport.

Uma história ruim, mal contada, sem graça, prejudicada, esta comédia muito mais fraca que qualquer similar brasileiro. Parece que o roteiro foi feito as pressas e não sabe aproveitar nem um pouco o que seria um conflito de pai (que não vê a filha há anos e agora está escondido vendo o casamento luxuoso dela, que é interrompido porque sem motivo claro e aparente, o noivo muda de ideia e resolve acabar com o casamento). O normalmente engraçado Kelsey está perdido e sem bons momentos e a geralmente encantadora Kristen Bell se esforça para deixar de se a garota chatinha e trabalhadora demais. Nem as situações em navio de luxo ajudam muito.

 

O Banqueiro da Resistência (Bankier van Het Verzet/ The Holland Resistance) ***

Holanda, 2018. 2h3min.  Direção de Joram Lursen. Com Barry Atsma, Jacob Derwig, Pierre Bokma, Fockeline Ouwerkerk, Raymond Thiry, Matteo van der Grijn, Jaap Spijkers.

Sabemos tão pouco do cinema holandês contemporâneo que é interessante termos acesso a um drama histórico e real sobre um fato acontecido durante a Segunda Guerra Mundial e reproduzido aqui com toda fidelidade e discrição. Na cidade de Amsterdam, ocupada pelo exército alemão, os irmãos banqueiros Walraven e Gijs van Hall arriscam sua vida quando decidem ajudar a criar um fundo de dinheiro para manter viva a luta da Resistência contra o inimigo nazista. Não tem muita ação, as situações tiveram que ser simplificadas, elenco é desconhecido para nós, mas este é o filme que já foi indicado pelo país para representar a Holanda no Oscar deste ano, 2018. Não chega a ser um resultado espetacular ou muito emocionante, mas quem se interessa pelo tema e pela época, deve experimentar.

 

 The Angel - O Anjo do Mossad (The Angel) ***

1h54. Direção de Ariel Vormen (que realizou filmes como O Homem de Gelo, Mente Criminosa, Decisão Perigosa). Com Toby Kebell, Hannah Ware, Marwan Kenzari, Sapir Azulay, Waleed Zuaiter, Maisa Abd Elhadi, Bern Collaço, Tsahi Halevi.

Confesso nunca ter ouvido falar desta história muito curiosa e interessante baseada totalmente em fatos reais, do herói que usava o pseudônimo de Anjo, ou seja, sobre um certo Ashraf Marwan, que era cunhado do presidente Nasser do Egito, funcionando como conselheiro e confidente. Mas ao mesmo tempo também participava da Inteligência de Israel, junto ao sucessor Anwar Sadat conseguindo assim resultados incríveis e ainda mal conhecidos pelas pessoas. Tanto que um texto ao final revela que o personagem Ashraf foi assassinado de maneira secreta e estranha. Baseado no livro best-seller The Angel, The Egyptian who saved Israel por Uri Bar-Joseph. O filme usa a presença de um ator mais conhecido Toby Kebell para equilibrar o clima de ação. Quem se interessa pelo assunto não deve perder.

 

Gente de Bem (The Land of Steady Habits) *1/2            

EUA, 2018. 1h38min. Direção de Nicole Holofecner (que fez A Procura do Amor, 13, Sentimento de Culpa, 10, Amigas com Dinheiro, 06). Com Charlie Tahan, Connie Britton, Edie Falco, Thomas Mann, Elizabeth Marvel, Bill Camp, Josh Pais, Michael Gaston.

Pegando pesado, este não é um filme fácil de assistir ou consumir. Começando pelo ator central, que é profundamente antipático, mas ultimamente tem estado na moda. Falo de Ben Mendelsohn, de Rogue One, que faz um desagradável aposentado, as voltas com filho infeliz e família e amigos em crise. Antipático e frio, Anders vive em Westport, Connecticut, largo o emprego e já não se dá tanto com a esposa (a excelente Edie Falco, que está desperdiçada). Meio perdido, procura objetos para sua nova casa, tenta ficar amigos do filho já adulto (Thomas Mann) e igualmente desorientado assim como o de outro adolescente que se droga, de uma família de amigos (Tarhan). A história é desagradável de seguir, o roteiro não sabe desenvolver as situações e francamente você não vai querer conviver com essas pessoas chatas e infelizes.

 

 Las Leyes de la Termodinamica **1/2

Espanha, 2018. 1h40min. Roteiro e direção de Mateo Gil (roteirista de Mar Adendro, Alessandria, Projeto Lazarus) Com Chino Darin (filho do argentino Ricardo Darin), Vito Sanz, Berta Vasquez, Vicky Luengo, Irene Escolar, Daniel Arevalo, Andrea Ros.

Fiquei com a impressão de que a Netflix encomendou este filme por causa do sucesso de outras produções (telenovelas) espanholas. Na verdade, esta é uma esperta comédia romântica, muito bem dirigida e curiosa, rápida e interessante, ainda que não muito marcante. Acontece numa Barcelona chique (Catalúnia, nordeste da Espanha) onde o neurótico cientista Manel é obcecado pelas três leis da termodinâmica, escrevendo uma tese enquanto é professor assistente de uma faculdade. Os problemas começam quando termina o namoro da namorada Raquel e encontra Elena, uma modelo mulata sensual e simpática, como parte de uma troca de casais narradas com bom humor e fluência. Tem ainda Eva, uma jovem advogada com sua própria empresa, o Pablo, argentino publicitário e paquerador. Há uma troca de casais e confusões, nada excepcional. Mas o filme é leve, bem feitinho e consumível.

 

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society) **1/2

Inglaterra, 2018. 2h4min. Direção de Mike Newell. Com Lily James, Michael Huisman, Matthew Goode, Tom Courtenay, Penelope Wilton , Jessica Brown Findlay, Glenn Powell, Katherine Parkinson. Roteiro de Don Roos, Kevin Hood, Thomas Bezucha, baseado em Mary Ann Shaffer, Annie Barrows.

Em geral é sempre um prazer assistir teledramas britânicos, que sempre brilham por um elenco interessante (que mistura veteranos famosos como Tom Courtenay, Penelope Wilton) com desconhecidos e estrelas em ascensão (o caso de Lily James que está em toda parte inclusive o último Mamma Mia), sem esquecer de paisagens exóticas e situações curiosas. Aqui reforçado pela presença de um diretor veterano Mike Newell (Quatro Casamentos e um Funeral, Donnie Brasco, Harry Potter e o Cálice de Fogo). Seu maior charme seria o título esquisito que na verdade não chega a envolver ou explicar direito sua razão de ser. Começa ainda durante a Segunda Guerra e tem como foco central a encantadora Lily, que é jovem escritora e sente interesse em ir conhecer quem organiza e cuida desta estranha Sociedade. Apesar da boa vontade e do elenco que foi de Dowtown Abbey, a história fica confusa e pouco envolvente (ela não sabe escolher entre os pretendentes e acaba ficando com o mais esquisito). Enquanto o livro original era feito em cima de duas amigas que trocavam cartas. Distribuído pela francesa Studio Canal, várias atrizes foram consideradas para o papel, incluindo Michelle Dockery e Rebecca Ferguson. Kenneth Branagh ia dirigir o filme com Kate Winslet, mas desistiram assim como Rosamund Pike. Exteriores foram rodados em The Charterhouse em Londres o mesmo lugar que Downton Abbey (2010) e em Clovelly in North Devon.

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