RESENHA CRTICA: Uma Vida Comum (Still Life)

Rubens Ewald Filho afirma: o filme uma pequena joia para ser descoberta

05/06/2014 16:42 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Uma Vida Comum (Still Life)

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Uma Vida Comum (Still Life)

EUA, 13. Direção de Uberto Pasolini. Eddie Marsan, Jane Froggatt, Karen Drury, Andrew Buchan, Neil D´Souza, David Shaw Parker.

 

Premiado como melhor diretor (e outros menores) em Veneza, este filme que chegou a ser finalista na Mostra de São Paulo mas o júri errou deixando de lado esta pequena obra prima delicada, simples e que ficaria melhor com o titulo correto de Natureza Morta (já que o título original se refere a esse tipo de pintura). Não é certamente um candidato a grande sucesso de bilheteria, mas é outra prova da qualidade do trabalho do produtor Conde Pasolini (parente sim de Pier Paolo, que trabalha concebendo projetos como Ou Tudo ou Nada/Full Monty), deixando outros dirigirem ou assumindo diretamente o comando.

Aqui ele deu uma chance para o frequente ator coadjuvante Eddie Marsan que tem um rosto marcante e triste, que é plenamente utilizado como um funcionário britânico de um serviço que identifica pessoas que faleceram sem deixar informações sobre parentes ou lembranças. Não é uma comédia e se deixa longe o humor negro. É um retrato muito simples, muito humano  e nem um pouco sentimental sobre a discreta luta desde homem solitário cuja vida é jogar cinzas em jardins, procurar quase sempre em vão por parentes (que em geral não querem saber) e providenciar cerimônias religiosas. Tudo vai nessa rotina até o dia em que descobre que está sendo despedido depois de 22 anos de trabalho e pede alguns dias mais para ter tempo de encontrar os parentes de um certo  Billy Stoke. O filme ameaça fazer concessões, mas não se engane porque não perde o rumo concluindo com uma imagem extremamente tocante. Uma pequena jóia para ser descoberta.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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