RESENHA CRTICA: O Caador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winters War)

um desrespeito ao f da primeira aventura e aonde o fotognico elenco limitou-se a ganhar seu dinheirinho!

22/04/2016 17:16 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Caçador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winter´s War)

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O Caçador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winter´s War)

EUA,16. 114 min. Direção de Cedric Nicolas-Troyan. Roteiro de Craig Mazin, Evan Spiliopolus, baseado em personagens de Evan Dougherty. Com Chris Hemsworth, Charlize Theron, Sam Clafin, Emily Blunt, Jessica Chastain, Sophie Cookson, Nick Frost.

Não conheço o diretor Cedric: francês, especialista em efeitos especiais, em filmes como o anterior Branca de Neve e o Caçador, dois Piratas do Caribe (Baú da Morte, Maldição da Perola Negra) e também ocasional compositor. Mas não revela qualquer talento especial nesta outra aventura com personagens de contos de fadas mas que no fundo não é para crianças e com certeza vai confundir o público feminino que viu o original. Afinal de contas, no capitulo anterior o Caçador (Hemsworth, o Thor) terminava justamente como sendo o amor da vida da Branca de Neve, que agora é vista de passagem, de costas, ou seja, nada tem a ver com a trama principal. E se o filme começa com um prólogo da aventura anterior, esquecem de tudo que rolou antes entre o casal fixando-se um pouco na Ravenna (a sempre deslumbrante Charlize Theron o que para o meu gosto já basta!) e deixando como a grande vilã a também interessante Emily Blunt, que interpreta a irmã de Ravena, Freya, que é uma vergonhosa Rainha do Gelo (eles não tem o menor pudor em roubar o personagem do recente desenho de Disney que até hoje é ainda sucesso entre as crianças. Ou seja, de Frozen uma Aventura Congelante (13).

A história começa com Ravena convencendo a irmã Freya de que os homens são canalhas e não se podem confiar neles, muito menos no amor. Tudo parece confirmar sua posição e por isso Freya se muda para um lugar distante, no gelo, onde iniciará um reino de crueldades, forçando todo mundo a não se apaixonar. Mandou chamar as crianças que trouxe para seu castelo onde se tornarão guerreiras com a única obrigação de não se apaixonarem ou acreditarem no amor. Naturalmente isso não impede o amor entre o Caçador (Chris) e Sara (quando se torna adulta, ela passa a ser interpretada por Jessica Chastain, já bem envelhecida e que continua a ser um blefe, muito barulho nas premiações por quase nada!).

A aventura naturalmente tem efeitos especiais decentes (com jardins e lutas, mas depois de Mowgli, fica difícil a comparação), alívios cômicos (de casais de anões) e ocasionais monstros. Mas continuo a achar que é um desrespeito ao fã da primeira aventura e aonde o fotogênico elenco limitou-se a ganhar seu dinheirinho! Como dizem os americanos e Woody Allen, “take the Money and run” (algo como Pegue sua grana e desapareça).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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