A Guerra do Amanha
Num futuro incerto, em um mundo tomado por monstros, o pai de familia Dan eh convocado para uma guerra para defender a humanidade, juntamente com uma tropa de elite. Mas a missao ser? a mais ardua de sua vida
A guerra do amanhã (The tomorrow war). EUA, 2021, 138 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Chris McKay. Distribuição: Amazon Prime Video
Já vimos filmes de ação assim, de mercenários preparados para uma guerra incerta contra criaturas. Seguindo o mote de filmes desse naipe, “A guerra do amanhã” virou da noite para o dia um blockbuster no streaming, um filme caro, explosivo, que não para e lembra um jogo de videogame infernal. A palavra de ordem é “destruição”, e mais nada, contando com uma equipe técnica que bolou ótimos efeitos digitais para segurar o público na cadeira (efeitos bons por sinal, sejam nas explosões ou na concepção dos monstros horripilantes). Para os que procuram algo pra se distrair e não se importam com barulheira, a dica é válida.
Protagonizado pelo simpático Chris Pratt, um dos rostos mais bonitos do cinema de entretenimento atual e que segura qualquer filme, seja aventura, romance ou comédia, a fita de ação distribuída pela Amazon Prime Video em sua plataforma de streaming quebrou recordes e foi visto por milhões de pessoas no fim de semana de estreia (na primeira semana de julho), o que indica o futuro do cinema, que agora está dentro da casa dos indivíduos. O streaming veio para ficar, queira ou não... O filme também contou com uma campanha de marketing extensiva e mundial, com milhares de anúncios em redes sociais, rádios e TV, além de display especiais com monstros espalhados em pontos estratégicos nos centros de grandes cidades, inclusive no Brasil. Outro indicativo do futuro do cinema: o filme foi produzido pela Paramount com a Skydance Media e o Amazon Studios, e adquirido pelo Prime por U$ 200 milhões para ser lançado no ambiente virtual/remoto – isso por conta da Covid, que fez com que o filme não fosse lançado no cinema. Essa é aposta de muitos produtores, de lançar suas obras de cinema na rede, já que o número de assinantes de streaming, como Netflix e Prime, cresceu absurdamente entre 2020 e 2021 em relação aos anos anteriores, uma das consequências da pandemia.
Dirige Chris McKay, da animação “Lego Batman: O filme” (2017), que foi montador de “Uma aventura Lego” (2014).
Sobre o Colunista:
Felipe Brida
Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com