RESENHA CRTICA: Imprevistos de Uma Noite em Paris (Ouvert la Nuit)

Este um filme para atores e diretores de teatro, que daro algumas risadinhas de identificao e se retrataro com outras situaes. E s

28/03/2017 23:55 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Imprevistos de Uma Noite em Paris (Ouvert la Nuit)

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Imprevistos de Uma Noite em Paris (Ouvert la Nuit)

França, 16. Direção, roteiro e protagonista Edouard Baer. Com Audrey Tautou (Amélie), Sabrina Quazani, Christophe Meynet, Jean-Michel Lahmi, Gregoire Gadebais, Michel Galabru.

Já que o autor do filme, o comediante Edouard Baer, é pouco conhecido por aqui (dos filmes de Asterix & Obelix, Frango com Ameixa, mas nada muito memorável), a expectativa estava em cima da presença de Amelie, a Audrey Tautou, que acaba tendo um papel de coadjuvante secundário que nem ela consegue fazer crescer. É bom deixar claro: este é um filme para atores e diretores de teatro, que darão algumas risadinhas de identificação e se retratarão com outras situações. Mas basicamente é um filme errado, com um roteiro confuso e mal sucedido (situa-se basicamente num único dia ou noite para tudo se resolver apressadamente). No que vem a ser uma variante de um dos grandes clássicos da literatura teatral, o produtor irresponsável mas simpático que está se virando para conseguir montar uma peça teatral, no caso em Paris, estrelada pelo veterano Michel Galabru (1922-16) em sua última aparição na tela. E onde este teria o desprazer de contracenar com um gorila de verdade, ou ao menos com um macaco, ou em último caso um rapaz vestido disso...

Eu avisei que era difícil rir deste velho clichê teatral (o último caso foi o de Michael Keaton, mas houve dezenas de outros, inclusive há uma influência de Fellini num passeio noturno por Paris, que não leva a coisa alguma). Extremamente inconvincente, em momento nenhum faz de Baer uma figura humana ou verossímel, nunca amarrando as situações, ainda que usando uma trilha musical curiosa. Na sessão que eu vi, uma velha senhora certamente de origem europeia, saiu balançando a cabeça dizendo “está tudo errado, tudo errado...”

Sem dúvida.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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