RESENHA CRTICA: Kubo e as Cordas Mgicas (Kubo and the Two Strings)

Espero que este filme to bonito encontre seu pblico, mas no endereado a crianas pequenas

12/10/2016 21:48 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Kubo e as Cordas Mágicas (Kubo and the Two Strings)

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Kubo e as Cordas Mágicas (Kubo and the Two Strings)

EUA, 16. 101 min. Direção e produção de Travis Knight. Vozes originais de Charlize Theron, Matthew McConaughey, Art Parkinson, Brenda Vaccaro, Ralph Fiennes, George Takei, Rooney Mara. Estudo Laika.

É provável que você não conheça Travis Knight, que foi o produtor de outros filmes de animação famosos e originais, como Coraline e o Mundo Segreto (09), Paranorman (12) , Os Box Trolls (14) que foram respectivamente dirigidos por Henry Selick, Chris Butler e Sam Fell, e Graham Annable e Antony Stacchi. Todos eles indicados ao Oscar da categoria! Como aliás deve acontecer também com este belo e novo filme. Enquanto Travis assinava apenas como principal animador de todos eles, ou seja, quem recebia o Oscar de acordo com a tradição do premio eram o(s) diretor(es). Agora é provável que chegou finalmente sua vez.

O sr. Travis não deve ter ficado muito feliz até agora porque desta vez caprichou num estilo diferente, o desenho oriental, orçamento maior (cerca de 60 milhões, sabendo-se como é caro fazer animações ainda mais no velho estilo de Stop Motion, Quadro a Quadro, e não Digital!). Rendeu ate agora 47 milhões mas ainda esta em cartaz!

Espero que este filme tão bonito encontre seu público, mas não endereçado a crianças pequenas e a um público mais casual (aliás os outros trabalhos dele tampouco eram). Já que foi feito com todo cuidado, o que inclui trilha musical de Dario Marianelo e até uma versão dos Beatles, de While My Guitar Gentley Weeps nos letreiros finais. E na versão original, eficientes vozes de Charlize Theron e Matthew McConaughey (aliás há na história a presença de um Beetle, ou seja um besouro).

Como todo conto oriental, a história e o design são todos estilizados. Levando 94 semanas para ser realizada e 1.149.015 de horas trabalhadas. Já começa com o herói Kubo lutando num pequeno num oceano em tempestade, ele usa um tapa olho coberto por parte do seu cabelo para esconder sua cegueira. Quando cai no Oceano tem a sorte de ser recolhido por uma mulher (o visual é sempre muito estilizado, por vezes parecendo bonecos e figuras antigas). Aos poucos, Kubo descobre que seu pai foi um lendário samurai vai perdendo a família que lhe restou, mas passa a ter ajuda de uma macaca e do Beetle, que acabam por guiá-lo sem querer a um encontro com a pior figura demoníaca que é seu próprio avô, que ficou cego dos dois olhos.

 Como sou fascinado pela arte oriental acho bom avisar que não é semelhante aos filmes dos estúdios Gibli. Mas nem por isso deixa de ser ágil, plástico e movimentado (menos poético mas estilizado com ajuda de monstros e combates). Quem curte o gênero não pode perder.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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