RESENHA CR�TICA: Perfeita � a M�e! (Bad Moms)

N�o acho que valha a pena ir ao cinema com um filme desse teor e que faz mais mal do que bem para a causa feminista ou feminina

11/08/2016 00:36 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Perfeita é a Mãe! (Bad Moms)

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Perfeita é a Mãe! (Bad Moms)

EUA, 16. 100 min. Direção e Roteiro de Jon Lucas, Scott Moore. Com Mila Kunis, Kristen Bell, Christina Applegate, Jada Pinkett, Kristin Hahn, Jay Hernandez, Wende Pierce, Martha Stewart, Wanda Sykes.

Esta é a estreia da dupla de roteiristas e diretores que escreveu Se Beber não Case, I, 2 e 3, Finalmente 18 (13) que foi a única direção anteriormente, e mais, Minhas Adoráveis Namoradas, Surpresas do Amor, Assalto de Dose Dupla, Eu Queria Ter a Sua Vida, Saindo de uma Fria. Ou seja, são clássicos da baixaria e pornô chanchada americana desta vez centradas em grupos de mulheres! Nem que seja para começar a contentá-las que sempre reclamam (e com razão) de que nunca são celebradas na tela. Aqui começou dando certo, já que o filme que custou pouco e já rendeu cerca de 52 milhões de dólares.

É verdade que é um filme endereçado somente para mulheres que curiosamente em geral rejeitam este estilo grosseiro e vulgar. Em geral, no Brasil isso faz com que algumas dessas pseudo comédias (famosas também por contar sempre as melhores piadas no trailer) nem sempre chegam aos nossos cinemas. E quando isso sucede como no recente Os Caça Noivas, com Zac Effron, não foi apresentado para a imprensa (e eu ate agora não consegui tempo para assisti-lo!).

Não é ruim a escolha do titulo um trocadilha com xingamento leve e até funciona a protagonista a russa e bonita Mila Kunis, que faz a mãe central, com casal de filhos e cachorro, entra em crise e estresse quando uma sucessão de coisas acontecem errado. Em geral, a crítica americana preferiu a já veterana Kathryn Hahn (que eu sempre detestei) como a mais engraçada. Kristen Bell usa seu tipo faceiro para ser a mais boazinha.

Muitos podem ter dificuldade em concordar com o ponto de vista do filme que é basicamente que as mulheres/mães tem todo o diretor e prazer de agirem como homens desmiolados, ou seja, beber ate cair, dançar grotescamente, falar palavrões e transar com toda a liberdade (ou libertinagem). Ou seja, é um filme bem Hollywood que procura celebrar os excessos, mas até certo ponto. Que poderíamos considerar também degradante e coisas do mesmo teor.

Kunis faz Amy, casada com dois filhos e um cachorro que descobre que o marido a está traindo há mais de um ano. Ele sai de casa e lhe cabe cuidar de tudo, ainda mais com a pressão de um grupo de mulheres da escola/bairro que exigem a perfeição. Até o dia em que ser reúne com duas amigas e botam para quebrar... Não acho que valha a pena ir ao cinema com um filme desse teor e que faz mais mal do que bem para a causa feminista ou feminina.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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