OSCAR 2014: O Hobbit : A Desolao de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug)

Indicado para Edio de Som, Mixagem (som) e Efeitos Visuais, achei tudo tecnicamente brilhante!

09/02/2014 12:25 Por Rubens Ewald Filho
OSCAR 2014: O Hobbit : A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug)

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O Hobbit : A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug)

Nova  Zelândia EUA, 13. Direção de Peter Jackson.161 min. Com Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage,  James Nesbitt, Stephen Fry, Orlando Bloom, Evangeline Lily, Lee Pace, Benedict Cumberbatch (voz do Smaug), Luke Evans, Ken Stott, Aidan Turner.

 

Já se foram os bons tempos em que a série Senhor dos Anéis ganhava Oscars® e ao menos indicações de Oscar® (este segundo filme da nova trilogia ao menos foi indicado para edição de som, mixagem (som) e efeitos visuais). O primeiro Hobbit Uma Jornada Inesperada também teve 3 indicações mas diferentes: maquiagem e cabelos, desenhos de produção e repetindo efeitos visuais.

O primeiro filme do Hobbit era legal, mas pouco mais que isso, parecia esticado (e não vi ainda a versão com 16 minutos que esta saindo agora em Home Video). Mas este capítulo do meio é tudo aquilo que se esperava de uma série que impôs um padrão de qualidade no gênero difícil de superar.

Ele começa com um piscar de olhos para a plateia mostrando um close de Peter Jackson, o próprio diretor/produtor saindo de uma casa. E já começa a aventura que não vai parar mais, ao contrário muita coisa vai ficar em suspenso para ser resolvida apenas no próximo capítulo (não quero dar detalhes, mas nenhuma trama principal é solucionada, quase como em O Império Contra Ataca). É verdade que tem tanta ação que teve momentos que me faltou fôlego e me perguntei, não será excessivo? Não em violência felizmente, que esta na medida adequada. Mas são enormes e longas batalhas (e mais o clímax com o tão esperado dragão que leva a voz do Cumberbatch ), várias delas  eletrizantes e o suficiente para me deixar com vontade de assistir de novo (suspeito que alguns detalhes faltam ser  observados).

Desta vez, Martin Freeman (Bilbo) desaparece de vez em quando (embora já esteja sob a influência do anel que lhe serve para se tornar invisível quando as aranhas atacam!) e mesmo Ian McKellen (Gandalf) é tirado de cena por um longo período. Há muita ação com os Orcs, mas o episódio mais interessante talvez seja justamente com os elfos arqueiros que  a principio não são nada amigáveis aprisionando o que chamam de anões. Todo mundo já leu a respeito de que no texto original havia poucos personagens femininos e os adaptadores, Jackson e sua mulher, resolveram inventar uma mulher elfo chamada Tauriel e que é interpretada por Evangeline Lily, revelação da serie de teve Lost. Ela briga bastante com seu superior (Orlando Bloom maquiado para ficar melhor do que na vida real e outros filmes embora eu aprecie mais Lee Pace, de Pushing Daisies como o rei Thranduil). Ainda assim, meio sem explicação a moça fica desatinada quando conhece a cara de bicho (isso é elogio) de Kili (Aidan Turner), e por amor fará tudo para salvá-lo de um envenenamento (que por sinal custa a fazer efeito).

Na hora final, os heróis pegam carona num barco cheio de peixe conduzido pelo capitão Luke Evans (Girion) e vão parar no reino de Laketown onde Stephen Fry é o líder. Dali partem para o luta com o dragão... Como já disse, achei tudo tecnicamente brilhante e ao contrário do primeiro filme mergulhei nas imagens, na exemplar direção de arte e agora já aguardo com ansiedade o próximo e suponho ultimo capitulo previsto para o ano que vem. Ainda.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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