RESENHA CRTICA: Mistress America (Idem)

A dupla Noah Baumbach e Greta Gerwigfez seu trabalho mais acessvel, divertido e menos pretensioso. Experimente que vo se divertir

19/11/2015 10:33 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Mistress America (Idem)

tamanho da fonte | Diminuir Aumentar

Mistress America (Idem)

EUA, 15. 84 min. Direção de Noah Baumbach. Roteiro de Baumbach e Greta Gerwig. Com Greta Gerwig, Lola Kirke, Seth Barrish, Kathryn Erbe, Cindy Cheung, Heather Lind, Dean Wareham, Matthew Shear, Michael Chernus.

Sempre acho quando os diretores encontram mulheres/musas que os inspiram a escrever roteiros e fazer filmes em torno de sua beleza ou personalidade. Os exemplos são tantos (como Vadim com Brigitte Bardot e Jane Fonda, Walter Hugo Khouri com Lillian Lemmertz, e o próprio Baumbach com Jennifer Jason Leigh, agora substituída por Greta Gerwirg com quem escreveu o roteiro).

Sua carreira é curiosa mas irregular e acho que se deu melhor justamente aqui numa comédia influenciada pela chamada comedia screwball (algo como maluca!) e até mesmo o teatro de boulevard a la Feydeau. O fato é que Greta tem um tempo de humor muito peculiar, que até agora tendia ser cansativo e até irritante. Mas pelo jeito sabe o que é bom para ela porque usa seus exageros e sua persona da maneira mais adequada, passando do estilo Woody Allen (para quem Greta fez Para Roma, com Amor) até inspiração nos clássicos do gênero que tinham Carole Lombard e Jean Arthur. O fato é que a dupla fez seu trabalho mais acessível, divertido e menos pretensioso.

Greta faz Brooke, uma garota desajustada que mora em Nova York e tenta conseguir investidores para um projeto de Restaurante no Brooklyn. Ela fala demais, não é nada confiável, mas tem bom coração (por exemplo, seu apartamento foi lacrado e ela resolve isso entrando pelo vizinho de baixo e usando a escada de incêndio!). Tem muita vida e isso atrai a amizade de Tracy (Lola) de 18 anos, que vem a ser contra parente (a mãe de uma está para se casar com o pai da outra, ou seja, quase irmãs). Tracy é outra que se mudou para Nova York e sonha em ser escritora, projeto que vem sendo rejeitado na Escola que frequenta. Onde tem dificuldade de fazer amigos. Claro que nada é realista, todos falam coisas inteligentes, agem como invenção de cinema. Mas que mal há nisso? Ao contrário, as tiradas vão ficando engraçadas e mais oportunas, chegando no clímax numa casa em Greenwich, Connecticut onde vai tentar conseguir novo financiador. Um rico ex-namorado de Brooke.

É uma sequência longa bem divertida, com atores nada conhecidos tendo a chance de brilhar. Retratando cinicamente o mundo de artistas e aspirantes a isso, onde impera a inveja e o mau caráter, que mesmo assim esconde o talento. Experimente que vão se divertir. Um detalhe: o brasileiro Rodrigo Teixeira é co produtor.

Linha
tamanho da fonte | Diminuir Aumentar
Linha

Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

Linha
Todas as mterias

Efetue seu login

O DVDMagazine mantm voc conectado aos seus amigos e atualizado sobre tudo o que acontece com eles. Compartilhe, comente e convide seus amigos!

E-mail
Senha
Esqueceu sua senha?

Não é cadastrado?

Bem vindo ao DVDMagazine. Ao se cadastrar voc pode compartilhar suas preferncias, comentar ou convidar seus amigos para te "assistir". Cadastre-se j!

Nome Completo
Sexo
Data de Nascimento
E-mail
Senha
Confirme sua Senha
Aceito os Termos de Cadastro