RESENHA CRTICA: Um Dia Difcil (Kkeut-kka-ji-Gan-Da/ A Hard Day)
No h muito a dizer a no ser que o diretor faz um trabalho competente e parece promissor


Um Dia Difícil (Kkeut-kka-ji-Gan-Da/ A Hard Day)
Coréia do Sul, 14. 111 min. Direção de Seong-Hoon Kim. Com Lee Sun-kyun, Jo Jin-Woong, Jeong Man-Sik, Man-Shik Jeong, Dong-Young Kim.
Nem Hong-Kong tem feito mais aqueles policiais brilhantes, surpreendentes e violentos que influenciaram Tarantino e revelaram John Woo. Os Coreanos chegaram a revelar o excepcional Park Chan Wook, de Old Boy, que demonstrou seu notável talento quando esteve há dois anos na Mostra de São Paulo, mas não fez mais nenhum longa desde 2013!
Na falta de alguém mais representativo o festival de Cannes do ano passado, na verdade na Quinzena dos Realizadores, resolveu reabrir o espaço que tinha para o gênero ação oriental. E o filme escolhido foi este aqui, como A Hard Day, que por causa disso teve circulação internacional. Mas fique prevenido, é divertido, mas tem menos violência e sangue (gore) dos que de antigamente, na verdade não chega aos pés dos clássicos de uma ou mesmo duas décadas atrás.
Mas quando não se tem o cavalo que deseja, vai se assim mesmo a pé com este filme bastante caprichado visualmente, pouco original na história que rescende aos Irmãos Coen. Um policial sem sorte que tem um dia difícil, ou uma noite para começar, onde tudo dá errado. Está indo para o enterro de sua mãe (ao mesmo tempo que a mulher lhe passa os papeis de pedido de divórcio). Seus colegas estão sendo investigados porque estariam roubando! Mas no caminho do velório, já noite, ele tenta evitar atropelar um cachorro e acaba matando o que parece ser um vagabundo. Como tem polícia por perto, coloca o corpo no seu carro e depois de muita confusão consegue esconder o cadáver no mesmo caixão que sua mãe... Mas tem alguém o observando que começa a ameaçá-lo,no que vai resultar numa luta continua que irá durar a meia hora final.
Não há muito a dizer do elenco ou da direção (é apenas o segundo longa do realizador que é também roteirista) a não ser que fazem um trabalho competente e parecem promissores. Mas ainda estão longe dos mestres.


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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