RESENHA CRTICA: Todo Dia (Every Day)
O filme uma trip maluca, no consegue tornar nada lgico ou compreensvel
Todo Dia (Every Day)
EUA, 2018. 1h37. Direção de Michael Sucsy. Roteiro de Jesse Andrews baseado em livro “Young adult” de David Levithan. Com Angourice Rice, Maria Bello, Justice Smith, Debbie Ryan, Jeni Ross, Katie Douglas, Ian Alexander, Rory McDonald.
Por causa de sua originalidade havia alguma expectativa a respeito deste filme romântico que marcou o retorno as atividades do antigo estúdio de sucesso, que foi a Orion (que pertence a MGM), ainda que tenha sido rodado em apenas 25 dias. Além de ter um diretor de certo prestígio, vindo de comerciais e que fez razoável sucesso no telefilme da HBO, ou seja, Michael Sucsy, que ganhou prêmios com Grey Gardens, 09 com Drew Barrymore e Jessica Lange, seguido por Para Sempre( 12, The Vow, um romance sobre uma garota que perde a memória e o namorado que insiste em resgatá-la. São Rachel McAdams e Chaning Tatum). Se deu pior depois Scruples telefilme (2012) com Lindsay Wagner, Claire Forlani.
Esta foi uma produção modesta feita em 25 dias, de 4.900 milhões e que não rendeu mais do que seis milhões. Ou seja, o público jovem não o aprovou e a crítica foi muita negativa, por achar a história difícil de seguir, inclusive no final.
Sinopse: “é a historia de um certa Rhiannon (Angourice) de 16 anos, que se apaixonou com uma estranha alma chamada A, que habita um corpo diferente a cada. Ela se interessa por esse espírito, e a cada dia tenta encontrá-lo. Embora nunca saiba que dia e no corpo de quem ele iria aparecer. E quando os dois se apaixonam, a situação vai ficando cada vez mais difícil obrigando-os a tomar uma decisão”.
A maior atração seria a jovem Angourice (O Estranho que nos Amamos, Homem Aranha de Volta ao Lar). E o parceiro é justamente outra figura bastante conhecida, Justice Smith, de filmes como Cidades de Papal, Jurassic Park Reino Ameaçado e o novo Detetive Pikachu. Mesmo assim ele não brilha como devia. Uma verdade: as meninas são todas bonitinhas e encantadoras, não posso dizer mesmo dos diversos rapazes que vivem a mesma figura (mas com a cara deles). Quer saber outra verdade, o filme é uma trip maluca, que enfia cena de beijo lésbico entre as meninas, mas não consegue tornar nada lógico ou compreensível. O que poderia ser uma fantasia vira uma bobagem. Não foi a toa que deu tão errado.
Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.