Nasce um Monstro em DVD

Um bebê mutante nasce com instinto animal e fome voraz por carne humana. Foge do hospital no dia do nascimento, causando pânico em uma pequena cidade americana.

15/06/2016 14:11 Por Felipe Brida
Nasce um Monstro em DVD

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Nasce um Monstro (It’s alive)

EUA, 1974, 91 min. Terror. Dirigido por Larry Cohen. Distribuição: Versátil Home Video

Lendário filme B escrito, produzido e dirigido por Larry Cohen durante o movimento da Nova Hollywood, que gerou alarde pelo personagem grotesco do bebê canibal - e choveu de opiniões negativas da crítica mundial. Apesar de não citar as causas que levaram à anomalia do recém-nascido, subentende-se que o bebê é fruto do meio caótico, um conjunto de “deformidades” que cercam o homem moderno, como a crise moral e de valores, o abuso ao meio ambiente e a violência estarrecedora nas ruas – há cenas rápidas que reforçam essa ideia. Está aí o ponto mais subjetivo de todo o roteiro criativo, com momentos de muito sangue, perseguições policiais e angústia.

Outro fator crucial é aguçar a curiosidade do público no formato mais assustador de se fazer cinema de terror, aquele em que o medonho surge em partes, em lances, e nunca por completo. Aqui, não centraliza o monstro dos pés à cabeça, mas por flashes de nuca, da mão, dos pés engatinhando, de barulhos estranhos, e a câmera em primeira pessoa, para nós enxergarmos o que a criatura vê à frente. E tudo sob a trilha enérgica do premiadíssimo compositor Bernard Herrmann.

Assista sem critérios realistas, reflita sobre as prováveis causas das monstruosidades contemporâneas. Um filme tenso, perturbador, feito para incomodar. Teve duas continuações bem inferiores, também dirigidas por Cohen, “A volta do monstro” (1978) e “A ilha dos monstros” (1987), e um remake desastroso, “Anjo maldito” (2008). Opte pelo original, claro!

“Nasce um monstro” sai no Brasil em versão restaurada pela Versátil, na caixa “Obras-primas do terror – Volume 4”, acompanhado de cinco outros títulos: “A filha de Satã” (1962), “Sob o poder da maldade” (1967), “Schock” (1977), “A casa do cemitério” (1981) e  “A espinha do diabo” (2001).

 

 

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Sobre o Colunista:

Felipe Brida

Felipe Brida

Jornalista e especialista em Artes Visuais e Intermeios pela Unicamp. Pesquisador na área de cinema desde 1997. Ministra palestras e minicursos de cinema em faculdades e universidades. Professor de Semiótica e História da Arte no Imes Catanduva (Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva) e coordenador do curso técnico de Arte Dramática no Senac Catanduva. Redator especial dos sites de cinema E-pipoca e Cineminha (UOL). Apresenta o programa semanal Mais Cinema, na Nova TV Catanduva, e mantém as colunas Filme & Arte, na rede "Diário da Região", e Middia Cinema, na Middia Magazine. Escreve para o site Observatório da Imprensa e para o informativo eletrônico Colunas & Notas. Consultor do Brafft - Brazilian Film Festival of Toronto 2009 e do Expressions of Brazil (Canadá). Criador e mantenedor do blog Setor Cinema desde 2003. Como jornalista atuou na rádio Jovem Pan FM Catanduva e no jornal Notícia da Manhã. Ex-comentarista de cinema nas rádios Bandeirantes e Globo AM, foi um dos criadores dos sites Go!Cinema (1998-2000), CINEinCAT (2001-2002) e Webcena (2001-2003), e participa como júri em festivais de cinema de todo o país. Contato: felipebb85@hotmail.com

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