Mary Poppins na Telona

O clássico musical volta em cartaz dia 30 de setembro no Cine Roxy em Santos/SP

23/09/2014 16:57 Da Redação
Mary Poppins na Telona

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Mary Poppins

EUA, 1964. 139 min. Diretor: Robert Stevenson. Elenco: Julie Andrews, Dick Van Dyke, David Tomlinson, Ed Wynn, Glynis Johns, Jane Darwell, Hermione Baddeley, Karen Dotrice, Matthew Garber, Elsa Lanchester.

 

Sinopse: Uma babá mágica vem voando com seu guarda-chuva para cuidar de casal de crianças na velha Londres. Logo conquista a dupla que tem problemas com um pai conservador e uma mãe feminista.

Comentários: Baseado em livro famoso de P. L. Travers, o filme foi dirigido pelo inglês Robert Stevenson (1905-86), que era o responsável por todos os grandes êxitos do Estúdio, mas supervisionado pelo próprio Disney, que escolheu Julie em sua estréia no Cinema (ela havia se tornado estrela do palco com “My Fair Lady” mas perdeu o papel no filme para Audrey Hepburn). Difícil falar em justiça aí, porque Julie deveria ter ganhado no ano seguinte por A Noviça Rebelde enquanto Audrey por mais encantadora que seja só convence como a dama e não a florista que deveria ser vulgar. Também a dublagem de sua voz ficou técnica demais , quando usa sua voz seria muito mais natural e verossímil.  Mas tudo isso virou lenda de Hollywood e é de admirar como Julie tem tido uma carreira tão longa, envelhecido tão bem e agora seja universalmente adorada.  O estranho é não ter levado outros Oscars!

Estranhamente Mary nunca teve a continuação que obviamente deveria ter tido. Mas muitos anos depois conseguiram fazer uma versão para o palco inglês e depois Broadway, que foi espetacular com uma sequencia nunca vista do herói limpador de chaminés sapateando no teto! (um truque bem feito de tirar o fôlego!); Mas novamente não teve adaptações dos outros livros de Travers. A solução para Disney foi produzir em Walt nos Bastidores de Mary Poppins (Saving Mr Banks, 13), que foi médio de bilheteria 83 milhões de dólares e valeu mais pela simpatia de Emma Thompson como a escritora do que Tom Hanks que não ficou nada parecido com Disney. Mary Poppins levou ainda Oscars de Montagem, Canção (“Chim-Chim- Cheree”), Efeitos Visuais, Trilha Musical (dos Irmãos Sherman). Hoje resulta um pouco longo, com excesso de canções - em particular entre os pais e filhos-, mas tem seus grandes momentos como uma extensa seqüência em desenho animado (os personagens contracenam com os bichos animados numa corrida de cavalos e num passeio no parque com pinguins garçons).  Foi a estréia no cinema de Dick Van Dyke (ágil, simpático, e circense) como um pintor de rua também tem seu melhor momento. Mary Poppins é de uma certa maneira, no seu gênero e estilo, um clássico depois muito imitado pelo próprio estúdio.

Curiosidade: Foi um dos primeiros DVDs da Disney a sair nos EUA, testando o mercado, sem qualquer bônus ou acréscimo ou mesmo legendas.  Hoje já existe a versão de Blu-ray. A versão anterior editada no Brasil foi de meados de 2003 (nos EUA ela teria sido lançada em 2000) e traz alguns extras: reportagem de cine-jornal sobre a estreia do filme (“Hollywood goes to a World Premiere”, 1964, a cores, legendado), o jogo “Adoro Rir” (perguntas e respostas), “A Magia de Mary Poppins” (Making of The Movie Magic of Mary Poppins, sobre os efeitos especiais, narrado em português) e Cante com o Filme (que é ver o filme com legendas, porque as canções também foram dubladas em português!).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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