RESENHA CRTICA: Viva (Idem)
Uma realizao ingnua e romntica, que no faz mal algum
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Viva (Idem)
Cuba, 15. 100 min. Direção de Paddy Breatchnach. Com Hector Medina, Jorge Perrugoria, Luis Alberto Garcia, Jorge Martinez Castilho, Luis Manuel Alvarez,Laura Aleman, Renata Blanco.
Drama cubano, feito por diretor irlandês de certo renome (fez, por exemplo, a comédia De Cabelos em Pé/ Blow Dry, 01, com Alan Rickman e Nathasha Richardson, Correndo para Cachorro, com Fionulla Flanagan, o terror Alucinação com Jack Huston, um desconhecido Dominador de Corpos). Na verdade, nenhum deles é muito bom e merece qualquer destaque. Este filme feito para a televisão chegou a ser premiado em festivais gays em Santa Barbara e pela TV irlandesa. Curiosamente o ator porto-riquenho vencedor do Oscar, Benicio del Toro assina como um dos co-produtores.
Embora esteja carregado dos antigos clichês do cinema cubano dos anos 40 e 50, o filme é bem interpretado e apesar dos lugares comuns todo o melodrama é realizado com certa dignidade. Principalmente ressuscita os bons tempos dos boleros cubanos trágicos e gritados com toda a garganta possível só que naturalmente interpretado por travestis quase todos de mais de 60 anos. Com uma exceção, que vem a ser o jovem ator central do filme, um rapaz inexpressivo mas com cara de bonzinho e jeito discreto (que a direção pediu para que fosse efeminado). Filho de um decadente lutador de boxe (o famoso ator cubano Perrugoria, que até andou filmando aqui pelo Brasil) e de uma mulher. Aí francamente não entendi muito, já que a que se diz sua mulher dubla as canções e tem jeito de homem, enfim... besteira perder tempo em detalhes num projeto que obviamente tenta contar com gentileza o sofrimento do rapazinho de bom coração (ele ajuda a vizinha que fica grávida, ganha dinheiro se prostituindo com homens e acaba ajudando o pai que reaparece muito doente).
Ah, Viva é o nome artístico que ele adota quando descobre que sua verdadeira vocação é o palco da boate gay (porque ele é tão loucamente aplaudido é outro mistério do filme). Francamente acho que estou sendo injusto com uma realização ingênua e romântica, que não faz mal algum. Capaz até de cumprir sua modesta pretensão.
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Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de ramos Seis de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionrio de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.
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