Bata Antes de Entrar (Knock, Knock)

Uma refilmagem de Death Camp, 77, altamente previsível. Evite-o

20/10/2015 10:42 Por Rubens Ewald Filho
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Bata Antes de Entrar (Knock, Knock)

EUA. 15. 99 min. Direção de Eli Roth.Com Keanu Reeves, Lorenza Izzo, Ana de Armas, Collen Camp. Inacia Allamand.

Não gosto do trabalho do diretor Eli Roth, que tentou ficar famoso com filmes de terror gore (e ficou amigo de Tarantino que lhe deu papel em Bastardos Inglórios). Ficou conhecido com o desprezíveis O Albergue I e II, e ainda Canibais. Neste filme B, praticamente todo feito num único set, uma casa de Los Angeles e curiosamente traz como produtoras, as atrizes Sondra Locke e Collen Camp (além de Keanu Reeves, que não esta num de seus melhore dias). Poucos se deram conta que é uma refilmagem de Death Camp, 77, que foi estrelado justamente pelas duas atrizes citadas acima.

Altamente previsível, é sobre um bem sucedido homem de negócios (Keanu) que justamente no Dia dos Pais, fica em casa trabalhando enquanto a mulher (artista plástica) e o casal de filhos vão para a praia. Chove muito quando ele abriga duas jovens que irão seduzi-lo. Preste atenção que a chilena e morena Lorenzo Izzo, que faz Genesis, é na vida real mulher do diretor.

Depois de uma cena de sexo a três num chuveiro (para filme americano razoavelmente forte) no dia seguinte, elas começam a aprontar, amarrando ele numa cama... Depois matam um visitante que trabalha com a esposa numa exposição (aliás destroem também algumas obras da esposa) para finalmente prender o marido e planejar matá-lo. Com rigores de violência...

O problema maior é que Roth é mau diretor e Keanu precisa de alguém o controlando ou orientando, já que não é um talento natural. Resultado: é uma tristeza vê-lo tão perdido. E por que se submeteu a tortura de ficar enterrado no gramado só com a cabeça de fora! Naturalmente o filme não ajuda, injustificavelmente aberto. Evite-o.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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