RESENHA CRTICA: Um Amor Altura (Um Homme a la Hauteur)

Esta comdia francesa uma verso literal de outro filme argentino. Apesar de reconhecer as piadas ainda deu para rir varias vezes. Experimente

10/08/2016 23:38 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Um Amor à Altura (Um Homme a la Hauteur)

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Um Amor à Altura (Um Homme a la Hauteur)

França,16. 78 min. Direção de Laurent Tirard. Com Jean Dujardin, Virginie Efire, Cedrick Kahn, Stefanie Papanian, César Domboy, Edmond Franchi, Manoelle Gaillard.

Este é um caso semelhante do que sucede atualmente com Florence e Marguerite, dois filmes em cartaz simultaneamente que contam a mesma história. Neste caso ainda mais esquisito porque na verdade esta comédia francesa/belga é uma versão literal de outro filme, no caso argentino (porque se baseia inclusive no roteiro original de outro filme que passou há pouco tempo por aqui, Coração de Leão!). E que ainda por cima é coprodução brasileira com as cenas finais feitas no Rio!

Na verdade, embora não tenha feito aqui o sucesso merecido, gostei muito do Corazon de Leon, 13 , direção de Marcos Carnevale. com Guillermo Francella e Julieta Diaz. É original, criativo e muito divertido! Sabe usar muito bem os efeitos especiais de tal forma que você chega a ficar na duvida se o protagonista é mesmo um anão, ou um homem pequeno, já que o filme também tem uma mensagem anti preconceito. O astro do filme Guillermo Francella é um veterano de muitos trabalhos (inclusive o premiado com o Oscar O Segredo dos Seus Olhos, o mexicano Rudo e Cursi, Um Namorado para minha Esposa) e o diretor é o mesmo que deu certo com Elsa e Fred!

A sacada do roteiro original se repete aqui e já era muito boa: uma advogada divide um escritório com o marido de quem esta separada há algum tempo. Infeliz não encontra um companheiro até quando por acaso (ela perde um celular e este o encontra) conhece Leon que é um homem inteligente, sedutor, arquiteto bem sucedido, sofisticado, mas que tem apenas um defeito: tem a altura de um anão (no filme ele diz ter um metro e 35). Ai que entram os efeitos e o filme procura não ser realista, não detalha a relação do casal na cama, mostra apenas que ele tem uma estatura baixa embora não seja exatamente um anão!

Enfim, ele consegue conquistá-la, mas o difícil é convencer a moça a enfrentar os parentes, o ex-marido, a mãe, todos eles cheios de verdades (apesar da mãe ser casada com um surdo! ). Esta é uma da mais espertas e eficientes comédias argentinas que já assisti. Agora o mais curioso é houve também outra refilmagem de 2015, na Colômbia (esse ao menos inédito aqui) e pelo que vi a maior novidade é que a heroína é uma negra! Mas as referências indicam que é a mesma história com mesmas situações.

A atração maior do filme é a presença do vencedor do Oscar Jean Dujardin (que no entanto está bem inferior ao criador argentino) e a revelação de um jovem ator promissor que faz seu filho ( que esteve em A Travessia). E gostei especialmente da protagonista que é a comediante belga Virginie Elfi (que não lembro de filmes que dizem ter estreado aqui,Vinte Anos Mais Jovem, Contra a Maré, A Chance de Minha Vida). Quanto ao filme, o original tinha a surpresa e criatividade e mesmo quando o ator protagonista ele passava por baixinho, tecnicamente resultou melhor do que aqui (há momentos onde os truques são visíveis!). Mas para ser sincero, apesar de reconhecer as piadas ainda deu para rir varias vezes. Experimente.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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