RESENHA CRTICA: Angry Birds - O Filme (Angry Birds)

O filme moderadamente engraado, mas consegue ter um tom alegre e simptico que disfara os momentos menos felizes

11/05/2016 23:36 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Angry Birds - O Filme (Angry Birds)

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Angry Birds - O Filme (Angry Birds)

EUA, 16. 98 min. Direção de Clay Kaytis, Fergall Reilly. Dublado no Brasil por Fábio Porchat, Marcelo Adnet, Pathy Dos Reis, Dani Calabresa, Irmãos Piologo.

Na crise atual, que logicamente atingiu os cinemas, os gêneros que parecem sobreviver são os heróis de quadrinhos e os filmes de animação, que no fundo são ambos endereçados ao único tipo de público que continua a ter compreensivos privilégios: as crianças. Aí está a Disney que não nos deixa mentir. E agora este esforço da Sony (depois de dois anos de infelizes gestos e violação de segredos) em criar uma franquia de sucesso para os menores em todos os níveis, inclusive os brinquedos. E capricharam até na dublagem que foi feita pelos humoristas mais populares atualmente!

Não deixa de ser também pioneira a criação destes personagens que vieram originalmente da Rovio, companhia de games da Finlândia em 2009 e que se tornaram sucesso com os celulares e mais tarde já também em curtas de animação. Logicamente este primeiro longa tem originalidades (se passa numa ilha totalmente habitada por pássaros que não voam (com a possível exceção da velha águia, que não se pode esquecer é o símbolo dos EUA). Muito colorido, com pouco diálogos (há momentos de puro desenho animado, como nos antigos cartoons da Warner), visualmente se preocupam com frequência em construir gags (ou seja, a piada é como se fosse numa tira de jornal). E utilizando na trilha musical antigos sucessos, até de discoteca, bem diferentes da Disney.

Acho curioso ver como americano pensa sempre em costumes próprios, já que s grande parte das brincadeiras são em cima de comportamentos americanos (por exemplo, aquela coisa de abraçar estranhos, no Brasil felizmente ainda se pode abraçar as pessoas sem se tornar uma forma de terapia!). E não deixa de ser duvidosa a ideia de que a piada mais engraçada e longa é justamente com os três heróis nadando numa piscina que é o lugar onde a Águia urina! (licença poética, suponho).

Como o trailer do filme foi exaustivamente repetido durante meses, já se sabe que seu protagonista é Red, um pássaro cardeal de sobrancelhas espessas e negras que está sempre aborrecido e por isso vai ser obrigado a fazer outra coisa muito americana, passar por tratamento para cuidar de sua Rage (ataques de raiva!). Ele vive numa casinha a beira da praia, passando por dissabores até o dia em que aborda sua ilha um grupo de porcos, que chegam cheios de artimanhas e vendendo alegria e diversão permanente. Naturalmente são traiçoeiros e sem vergonha, acabando por roubar os ovos dos pássaros (que irão consumir). A parte final acaba se tornando uma grande perseguição com guerra aberta e explosões (usando o velho truque do desenho, destroem-se casas e bairros, mas não se mostra ninguém ferido ou machucado. Violência sem dor! É o truque).

Enfim, o filme é moderadamente engraçado, mas consegue ter um tom alegre e simpático que disfarça os momentos menos felizes. Este foi o primeiro longa de Klay, que veio do departamento de animação de Frozen e Enrolados e Fergall, que era “storyboard artist” de Tá Chovendo Hambúrger e Hotel Transilvânia. Muito provável que continuações já estejam a caminho.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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