RESENHA CRTICA: Jogos Vorazes: A Esperana - O Final (The Hunger Games: Mockingjay - Part 2)

A direo no ajuda, os gals esto prejudicados, o elenco de apoio no tem chances. Jennifer Lawrence tem a ingrata misso de salvar o filme

18/11/2015 10:34 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (The Hunger Games:  Mockingjay - Part 2)

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Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (The Hunger Games:  Mockingjay - Part 2)

EUA, 15. 137 min. Direção de Francis Lawrence. Roteiro de Peter Craig, Danny Strong baseado em livro de Suzanne Collins. Com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Julianne Moore, Phllip Seymour Hoffman, Willow Shields, Sam Claflin, Elizabeth Banks, Jena Malone, Jeffrey Wright, Stanley Tucci, Natalie Dormer, Michelle Forbes.

Somente uma conclusão indiscutível se tira deste último capitulo da bem sucedida saga dos Jogos Vorazes: Jennifer Lawrence é uma autêntica estrela, possivelmente a mais carismática e atraente de sua geração. Aos 25 anos, está excepcionalmente bela e atraente (tem até momentos de Monalisa) neste tão esperado final da mais bem sucedida das Distopias recentes. Depois da série Crepúsculo (por sinal muito ruim) houve a descoberta do público chamado de Young Adult (jovem adulto) que seguiram sua fórmula. Muitos os chamados mas poucos os escolhidos e Jogos foi sem dúvida o mais bem sucedido deles. Acho que pela sorte de terem descoberto Jennifer, cercada de um bom grupo de atores (deram-se ao luxo de chamar Phillip Seymour Hoffman, que antes de morrer deixou pronto algumas cenas mas na parte final um texto que deveria dizer virou carta que é lida por outro ator do primeiro time, ou quase, Woody Harrelson).

A verdade é que tinha a seu favor um triângulo amoroso que curiosamente funcionou melhor nos filmes anteriores do que aqui na conclusão. Peeta (Josh) havia sofrido uma lavagem cerebral, nunca bem explicada e agora é resgatado para a princípio rejeitar histericamente a heroína Katkniss e depois ir se recuperando apressadamente simplesmente porque o filme já esta acabando e é preciso resolver o dilema. Assim, sem mais nem menos, o outro ângulo do triângulo, o sempre bondoso Gale (Liam), de repente é descartado de forma nada convincente. Ou seja, o triângulo fica desmantelado e ainda por cima o filme custa a terminar descendo a momentos idílicos totalmente dispensáveis.

Não é preciso ser muito esperto para perceber que este último capitulo iria trazer o tantas vezes adiado confronto entre Katniss e o bandidão Snow (Sutherland, resolveu se despedir do personagem já cara de sem vergonha, curtindo o seu destino!). O roteiro tem outros defeitos que o diretor Francis Lawrence (que dirigiu melhor os dois filmes anteriores) não soube resolver. O começo é lento e arrastado e só da metade para o fim o filme começa a se esquentar, com algumas cenas de pura ação (eles entram na Capital, onde há disputa de poder entre os guerreiros, mas tudo é resolvidos com”deixa disso”). O primeiro é invadir um arranha céu que tem uma fonte que ira jorrar uma espécie de liquido negro viscoso. Depois eles entram nos esgotos da cidade, onde acontece a sequência mais movimentada do filme (são atacadas por criaturas estranhas, zumbis melhorados, que ao menos esquentam a narrativa que depois será interrompida por uma visita a uma mulher tigresa (outra figura desperdiçada) e por uma saída na rua (sem disfarce, ou ao menos máscara) para entrar no palácio que é completamente absurda. Os que não leram o livro nem ouviram muito sobre ele, terão de qualquer forma uma surpresa (outra cena que achei fraca dada a sua importância).

Enfim, Jennifer é mesmo em todos os sentidos a salvadora da pátria. Já que a direção não ajuda, os galãs estão prejudicados, o elenco de apoio não tem chances. Jennifer tem a ingrata missão de salvar o filme.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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