RESENHA CR�TICA: Casa Grande
O diretor � jovem e bom representante de uma gera��o que come�a a florescer. Experimente.


Casa Grande
Brasil, 14. Direção de Fellipe Barbosa. Com Suzana Pires, Marcello Novaes, Thales Cavalcanti, Clarissa Pinheiro.
Tomara que o público se interesse por este novo filme brasileiro que não é exatamente uma comédia, mas tem humor e uma história que impressionou, de tal forma que foi premiado no Festival de Paulínia 2014 como melhor roteiro, melhor ator coadjuvante para Marcello Novaes, melhor atriz coadjuvante para Clarissa Pinheiro e o prêmio Especial do Júri para o diretor Fellipe Barbosa. Já no Festival de Palmares, em Toulouse, ganhou três prêmios: Prêmio de público, prêmio de crítica internacional (FIPRESCI) e prêmio de crítica francesa. Exibido no Festival de Rotterdam e Festival do Rio. Foi premiado também no Laboratório de direção e roteiro de Sundance.
Talvez seu tom seja muito carioca para o “estrangeiro” mas sua narrativa me pareceu mais francesa, com um tempo narrativo menos rápido, mas sem faltar critica social. O herói do filme é um rapazinho bem adolescente, Jean de 17 anos (Thales), que estuda num colégio muito tradicional do Rio, o São Bento. Os planos mais memoráveis são justamente o de abertura, a câmera esta na altura da piscina da casa grande, quase uma mansão de bairro bom, não fica bem claro qual. Alguém esta passeando pela casa e desligando uma a uma as luzes, possivelmente porque a luz já naquela época estava muito cara! E a cena final, que serve justamente para o pôster do filme Jean sentado na janela pensando na vida, depois de ter sua primeira transa...
Curiosamente é um filme de baixo orçamento com cerca de 50 atores no elenco, um set elegante e cuidado. Que de certa maneira fala de todos nós, que ao menos neste momento, estamos apertando o cinto e tenta sair da crise financeira sem muito sucesso, mesmo porque não depende somente de nós. É curioso que o filme tenha tido a sensibilidade de mostrar esta classe média alta sufocada, sem ver saída. Acho isso muito bom, o filme que é sobre alguém, justamente o espectador médio. O diretor é jovem e bom representante de uma geração que começa a florescer. Experimente.


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.


Marcio Leonel Silva Miguel
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RESENHA CRÍTICA: Casa Grande!
Casa Grande
Brasil, 14. Direção de Fellipe Barbosa. Com Suzana Pires, Marcello Novaes, Thales Cavalcanti, Clarissa Pinheiro.
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