OSCAR ESPECIAL: Harry Belafonte
Harry Belafonte: Líder racial, cantor, compositor, produtor.
Mais notável por sua carreira política e social, do que a artística. Como cantor e compositor ficou famoso no mundo todo em meados dos anos 50, quando revelou para o Mundo a música antilhana, em particular Banana Boat, Day-O, também lembrada como o Calypso. Curiosamente sua maior arma porém era a beleza, uma figura tão forte que ninguém depois dele pode descartar um homem negro como feio ou assustador. É charmoso, inteligente etc. e tal, qualidades que o transformaram não apenas num sucesso mundial,mas num autêntico líder. Foi pela própria existência de Harry e de Dorothy Dandrige, estrelando uma série de projetos Classe A, que as barreiras foram caindo. Primeiro a dupla na versão da ópera Carmen, Carmen Jones, depois com o primeiro romance inter-racial entre Harry e Joan Fontaine em Ilha nos Trópicos, Dorothy em Porgy and Bess (com o reforço de Sidney Poitier que seria o líder do grupo e o primeiro ator negro numero um de bilheteria) que criou-se o espaço e o respeito para a futura libertação e leis de igualdade. E o tempo todo Belafonte esteve lá na linha de frente, com Luther King lutando e brigando. Nascido em 1 de março de 1927, em Nova York. Teve três esposas, Marguerite Belafonte (de 1948 até 1957, a dançarina Julie Robinson (1947-2008), Pamela Frank de 2008.
Filmografia
1953- Bright Road de Gerald Mayer com Dorothy Dandridge. Carmen Jones (Idem, de Preminger). 1957- Ilha nos Trópicos (Island in the Sun, com Joan Fontaine, de Robert Rossen. 1959- O Diabo, a Carne e o Mundo (The World, The Flesh and the Devil de Ranald MacDougal, Mel Ferrer). Homens em Fúria (Odds Against Tomorrow de Robert Wise, Robert Ryan). 1970-The Angel Levine de Jan Kadar, Zero Levine. 1972- Um por Deus, Outro pelo Diabo (Buck and the Preacher, de e c com Sidney Poitier). 1974- Aconteceu num Sábado (Uptown Saturday Night. Bill Cosby, Richard Pryor). 1995- A Cor da Fúria (White Man´s Burden de Desmond Nakano com John Travolta). 1996- Kansas City (Idem, de Robert Altman, com Jennifer Jason Leigh). 1999- O Desafio da Lei (Swing Vote de David Anspaugh, TV, com Andy Garcia). 2006- Bobby (Idem de Emilio Estevez, com Demi Moore). Foi o primeiro ator negro a ganhar um Tony da Broadway como coadjuvante pelo show John Murray´s Anderson Almanac em 1954.
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Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de Éramos Seis de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o Dicionário de Cineastas, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.