RESENHA CRTICA: O Planeta dos Macacos : O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes)

Segundo do reboot da lendria srie de Planeta dos Macacos, o filme muito bem equilibrado entre cenas de ao e dramticas

21/07/2014 18:11 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: O Planeta dos Macacos : O Confronto (Dawn of the Planet of  the Apes)

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O Planeta dos Macacos : O Confronto (Dawn of the Planet of  the Apes)

EUA, 14. 130 min. Direção de Matt Reeves.  Com Gary Oldman, Keri Russell, Andy Serkis, Jason Clarke, Toby Kebell,  Judy Greer.

 

Este é apenas o segundo do reboot da lendária série de Planeta dos Macacos, que sofreu uma revolução ha 3 anos atrás  com uma surpreendente qualidade da maquiagem e efeitos digitais, que tornaram toda a ação verossímil e até mesmo assustadora. Da primeira vez a visão dos Macacos/Gorilas avançando pela Golden Gate para dominarem San Francisco era um momento notável no cinema recente. Mais interessante ainda é que esta continuação esteja dando certo (este filme tem um orçamento generoso de 150 milhões de dólares e rendeu na primeira semana 72 milhões mais 30 do exterior. O primeiro filme Planeta dos Macacos: a Origem, 2011 de Rupert Wyatt, custou 93 milhões de dólares, rendeu no mundo inteiro 481 milhões ). Só por curiosidade este é o sétimo filme de toda a serie inspirada em livro de Pierre Boulle que deu origem ainda a duas séries de TV.

O interessante é que esta versão tenha resultado num filme tão solene, sério (quem recorda que alguns da edição anterior caiam nos trocadilhos e nas piadas com as macaquices?) e todo o filme tem clima de drama de guerra, o colorido escuro, a paisagem sombria, com o uso dramático das grandes florestas ou edifícios destruídos. E naturalmente a aparência dos macacos não poderia estar mais contundente (e o filme termina com um “closão” enorme nos olhos de um gorila!). É uma decisão curiosa da produção em criar um filme inteiramente  em cima da figura do Caesar, o chefe da revolta, ou seja , não são os humanos que tem maior importância, como na série anterior.  Na verdade era um risco porque as pessoas podiam simplesmente se incomodarem de estarem torcendo contra sua própria raça! Já que os homens não aparecem sob um ponto de vista assim tão positivo! Como Caesar é interpretado pelo ator Andy Serkis , alias aquele que gerou este tipo de efeito  seu trabalho é de enorme qualidade e vai ter conversa e discussão novamente na Academia para ver se ele poderia se qualificar para disputar um prêmio!

O novo filme começa já num momento em que houve uma guerra e uma epidemia e os macacos estão construindo uma novela civilização enquanto os brancos estão perdidos e em crise (não deixa de ser a figura marcante do filme os gorilas andando a cavalo!). Há uma trégua entre os dois lados, mas é evidente que o destino do mundo está em jogo (portanto não é uma guerra comum, dessas mundiais, porque mesmo nesse caso todos são humanos ou desumanos se preferirem. Agora são espécies diferentes). Caesar agora sabe mais como o mundo funciona, mas ainda tem simpatia pelos humanos. Só que há muitos outros humanos que tem outras motivações e querem um confronto. E talvez o verdadeiro inimigo entre eles é o medo, o cinismo e a própria vingança. E as consequências catastróficas.

O diretor Matt Reeves que era conhecido como produtor da série Felicity e o que explica a presença da estrela da serie Keri Russell no elenco aqui. Seus dois longas anteriores não o categorizam para conduzir um projeto tão ambicioso, foram Cloverfield  o Monstro e Deixe Ele Entrar.  Mas acertaram porque ele faz um bom trabalho (e já esta contratado para o próximo). Do lado humano temos a categoria de Gary Oldman e o australiano Jason Clarke (de A Hora Mais Escura e O Grande Gatsby).

Muito bem realizado nas cenas de ação ou apenas dramáticas, este Confronto é possivelmente o melhor de toda a série. São boas as cenas de ação e batalha (sem exagero), mas também é um filme tocante, com emoção e dignidade. Agora tão perto do delírio do novo Transformers é um alivio se ver um filme tão bem  equilibrado.  

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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