RESENHA: 7 Caixas (7 Cajas)

Rubens Ewald Filho comenta o filme paraguaio. E diz que ele é charmoso!

08/04/2014 16:53 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA: 7 Caixas (7 Cajas)

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7 Caixas (7 Cajas)

Paraguai, 2012. Direção de Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori. 100 min. Com Celso Franco, Victor Sosa, Lali Gonzales, Nico Garcia, Paletita.

O Paraguai começa a fazer cinema e se sai bem nesta comédia (dramática) policial que ganhou prêmios em Miami, Palm Springs, San Sebastian, Lima e foi indicado ao Goya. Na verdade, podia ter sido feita aqui no Brasil praticamente da mesma forma talvez até com a parte técnica mais descuidada. Bem enquadrado, narrado com firmeza, é uma história passada num mercado municipal aberto e popular, onde trabalha o adolescente Victor que vive de expedientes junto com outros colegas, uma Irmã e uma menina que gosta dele. Todos têm seus problemas (filho doente, mulher grávida, dívidas, escapar da policia, enfim sobreviver). Estão sempre correndo porque Victor, no clímax, tenta entregar sete caixas (não sabe o conteúdo) num lugar desse Mercado 4, perseguido por bandidos e policiais. Nada de muito novo ou original, falado em gíria (é preciso de legendas para entender). Americanos, espanhóis, britânicos, já fizeram histórias semelhantes. Mas é a verdade e sinceridade paraguaia que lhe dá o charme.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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