RESENHA CRTICA: Gloria Bell (Idem)

Na verdade nada de muito consistente chega a existir ou funcionar. Felizmente Juliane como sempre faz tudo bem

28/03/2019 14:25 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Gloria Bell (Idem)

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Gloria Bell (Idem)

EUA, 2018. 111min. Direção de Sebastian Lelio. Roteiro de Alison Bohen Joher, Lelio e Gonzalo Maza (roteiro). Com Juliane Moore, Alanna Ubach, Jeanne Triplehorn, Sean Astin, John Turturro, Michael Cera, Brad Garrett, Holland Taylor, Rita Wilson, Barbara Sukowa,

É provável que vocês já conheçam este filme baseado em Santiago e que teve bastante repercussão divulgando o roteirista e diretor Lelio que ficou muito conhecido como o realizador do sucesso premiado Uma Mulher Fantástica (premiada com o Oscar), que lhe deu o Oscar de filme estrangeiro e 3 prêmios em Berlim, roteiro e filme. A repercussão foi tão grande que ele fez outro filme de boa repercussão, virou o realizador em moda, que por sinal é Chileno e tem dado muito certo ou sorte! Ele fez também outro filme conhecido Desobediência (Disobedience, Inglaterra, 17 com Alessandro Nivola, Rachel Weisz, Rachel McAdams). Certamente um diretor brasileiro poderia fazer igual ou melhor (é a primeira vez que dirige em inglês e resultado é morno e sem vida para um tema que poderia ser explosivo, mas sente-se claramente que não querem ofender ninguém). E novamente é um tema tão feminino que não se entende porque não contrataram uma mulher para dirigir uma situação que elas com certeza entendem melhor. A meu ver falta intensidade e paixão. Talvez por isso que o filme resulta tão mediano, querendo criar um escândalo no que acaba sendo uma bolha de sabão.

Mas o Sr. Lelio resolveu fazer um remake justamente de Gloria (13), que foi estrelado por uma veterana local Paulina Garcia e que se torna a base deste projeto. Gloria é uma mulher de meia idade, de vida e ideias livres, que frequenta bares e discotecas para ter encontros e relacionamentos, inclusive com um oficial naval. Esta nova versão é muito parecida com o original, com uma atriz eficiente e querida como Julianne Moore (Ensaio de uma Cegueira, feito aqui no Brasil) como uma mulher de espírito livre. O mais curioso ou estranho é que esta versão é praticamente igual, plano a plano do original. E justamente da vaidade que o levou a fazer esta reprise! Em vez de uma latina quente com uma mulher americana que acreditem tem hábitos e comportamentos bem diversos. Mas capaz de dançar uma noite inteira! Acredito que não seja especialmente um filme para homens e será mais entendido por mulheres, uma divorciada cujos filhos já tem vida própria, Cera tem um novo bebê, a filha (Caren Pistorious) é surfista e pratica yoga. A chave do filme é que a heroína passa as noites onde encontra um divorciado (Turturro), mas na verdade nada de muito consistente chega a existir ou funcionar. Felizmente Juliane como sempre faz tudo bem e querida. Humana. Ah, uma curiosidade: Juliane confirmou que foi despedida do filme indicado ao Oscar que se chamava Poderia Me Perdoar! Apenas mediano, mas dá para se ver como ator sofre!!!

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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