RESENHA CRTICA: A Invocao do Mal 2 (The Conjuring 2)

Tudo construdo para sentir medo, levar sustos e orquestrado pelo diretor que manipula a audincia.

08/06/2016 23:51 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: A Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2)

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A Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2)

EUA, 16. 133 min. Direção de James Wan. Com Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Lauren Esposito, Frances O´Connor, Benjamin Haigh, Franka Potente, David Thewlis.

Sem medo de errar esta é a franquia de terror mais popular do momento, graças ao sucesso do primeiro filme (2013), mas principalmente por causa da popularidade do diretor James Wan (nascido na Malásia em 1977), tem um incrível currículo como produtor e diretor de filmes de gênero mas certamente o mais ilustre foi ter assumido a direção na emergência de Velozes e Furiosos 7 (justamente teve que fazer a despedida de Paul Walker e se tornou campeão da série. Mas ele recusou fazer nova continuação preferindo retornar ao gênero). Wan realizou dentre os filmes de terror mais famosos o primeiro Jogos Mortais, 04, os seguintes apenas produziu: Gritos Mortais, 07, Sentença de Morte, 07, Sobrenatural, 10, o primeiro Invocação do Mal, 13, e deve fazer Aquaman em breve. Como produtor é ainda mais fértil, só para anunciar os projetos novos deve fazer: Mortal Kombat, nova série de TV de MacGyver, Annabelle 4, Quando as Luzes de Apagam (este já deve estrear ainda em agosto no Brasil), e um Insidious Cap. 4.

Então foi o filme que Wan escolheu fazer, contando com a ajuda num rewrite do roteiro de David Leslie Johnson (um dos criadores de The Walking Dead), aceitando a cotação de R (menores só acompanhados de pais ou adultos nos EUA), retomando uma história que já havia sido feita como minissérie britânica, The Enfield Haunting, 15 (com Timothy Spall, Juliet Stevenson) mostrando justamente como em agosto de 77 eventos bizarros ocorreram num casa em Enfield, Norte de Londres, conhecido caso como Enfield Poltergeist ou Amityville da Inglaterra. Sem querer ser estraga prazeres, os fatos ocorridos lá e aqui no filme hoje são considerados falsos e teriam sido criados pelas garotas que viviam na casa. Principalmente a mais velha que sabia imitar uma voz profunda.

Enfim, isso não faz diferença, verdade ou mentira bem contada já é suficiente para atrair os fiéis fãs do gênero e acho que só a referencia do diretor e dos atores (além dos anteriores tem reforço da estrela alemã Franka Potente de Corra, Lola, Corra) e da inglesa Frances O´Connor. Os competentes Patrick Wilson e Vera Farmiga estão de volta como Lorraine e Ed Warren, que viajam ate o norte de Londres para investigar. Eu confesso que o Mister Wan chamado hoje de O Mestre do Horror Moderno é um dos poucos diretores do momento que sabe conduzir uma historia dessas. Talvez a introdução seja um pouco longa demais (assim como a metragem) mas os que esperam ser assustados não vão ser enganados. Tudo é construído para sentir medo, levar sustos e orquestrado pelo diretor que manipula a audiência. Pode virar Cult e ser grande sucesso, até para ser visto mais de uma vez.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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