RESENHA CRTICA: A Bela e a Fera (La Belle et la Bt)

Vale a pena conhecer uma verso bem interessante e criativa.

23/09/2014 14:13 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: A Bela e a Fera (La Belle et la Bêtê)

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A Bela e a Fera (La Belle et la Bêtê)

França, 04. 112 min. Direção de Christopher Gans. Com Vincent Cassell, Lea Seydoux, André Dussolier, Eduardo Noriega, Myriam Charleins, Audrey Lamy, Sara Giraudeau, Nicolas Gob.

 

Prepara-se para uma boa surpresa: um filme Francês de fantasia e romance, adequado para jovens e até crianças, numa variante da famosa história devidamente ajustada ao gosto moderno (não tão infantil quanto Disney), que conseguiu me envolver e divertir. Graças a admiração que eu já tinha ao diretor, antes crítico de cinema e jornalista, Christophe Gans  (nascido em 11 de março de 1960 em Antibes). Depois de ter estudado no famoso IDHEC, fez curtas-metragens (entre eles, Silver Slime, 1982) e a partir de 1983, fundou a revista Starfix, de quem cuidou durante oito anos. Estreou num dos episódios do filme de terror Necromicon mas acertou quando fez uma adaptação de uma história em quadrinhos japonesa, Crying Freeman, que virou cult na França (mas foi ignorado no resto do mundo). O sucesso lhe permitiu fazer uma fita mais ambiciosa, Le Pacte des Loups, uma mistura de terror, romance, aventura, fantasia que fez grande sucesso e chegou a passar nos cinemas americanos com boas críticas. Adaptou também um vídeo game famoso com resultado interessante (Silent Hill).

Pois Gans é um dos raros cineastas europeus dedicados a Fantasia que tem conseguido fazer uma bela carreira,  sem imitar ninguém. Não deixa de ser curioso ele colocar como heroína a Lea Seydoux (que foi ficar famosa pelo erótico Azul é a Cor mais Quente), Vincent Cassel  (que  já é meio brasileiro e fez Rio eu Te Amo e O Grande Circo Místico apesar de estar separado de La Belucci). Contando com orçamento generoso e rodado no famoso estúdio alemão Babelsberg, não foi visto ainda fora da Europa.

O ponto de partida é o de sempre. Depois de um naufrágio de navios que transportavam todas suas riquezas, um comediante arruinado se exila no campo com os seis filhos. Durante uma tempestade de neve, ele se esconde por acaso num reino mágico e por tentar roubar uma rosa e é condenado à morte. Para salvar o pai e a família, a jovem Belle se entrega para a Fera. E o resto vocês já sabem... Naturalmente a versão mais clássica da historia é francesa e de 1946 e feita pelo poeta Jean Cocteau, e até hoje ainda é vista e respeitada. Gans se declara influenciado pela animação de Miyazaki, o que não deixa de ser uma bela referência. O fato é que os jovens e crianças tem certo receio ou má vontade, com o que é ainda desconhecido ou novo. Por isso que insisto que vale a pena conhecer uma versão bem interessante e criativa. Ainda mais num momento de grandes vazios como os que vivemos agora.

Filmografia do DIretor: 1981- :Silver Slime (CM. Aissa Djabri, Isabelle Wending). 1992 – Necromicon – O Livro Proibido dos Mortos (Necromicon. Epis. Co-dir. Shu Kaneko, Brian Yuzna). 1994 – O Combate – Lágrimas do Guerreiro (Crying Freeman. Mark Dacascos, Tcheky Karyo). 2000 – O Pacto dos Lobos (Le Pacte des Loups ou Brotherhood of the Wolf. Mark Dacascos, Monica Bellucci). 2006 – Terror em Silent Hill (Silent Hill. Radha Mitchell, Sean Bean). 2014- A Bela e a Fera (La Belle et la Bête (Vincent Cassel, Léa Seydoux).

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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