COADJUVANDO: Susan Cabot

Uma figura exótica que durante alguns teve papéis principais nos estúdios da Universal

25/07/2014 15:34 Por Rubens Ewald Filho
COADJUVANDO: Susan Cabot

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Susan Cabot (1927-1986)

De todas as starlets de Hollywood, acho mais extraordinária a vida de Susan Cabot, uma figura exótica nascida Harriet Shapiro, em 9 de julho de 1927, em Boston e que durante alguns teve papéis principais nos estúdios da Universal. Mas sua vida estaria marcada por uma tragédia, tão inusitada que até agora não conseguiram fazer um filme a respeito (há alguns anos atrás até Rodrigo Santoro estava envolvido num projeto onde faria o filho dela).

Quando criança teve uma vida muito pobre e infeliz tendo sido criada como Marilyn Monroe numa sucessão de 8 famílias adotivas.  Procurou a arte dramática como saída, entrando em curso em Manhattan. Sobrevivia fazendo ilustrações para livros infantis e dançando num bar,  Village Barn. Foi descoberta por agente que a colocou em aventura na Columbia, Samoa, e depois em papel de nativa índia em Coração Selvagem. Susan era baixa (1,57) tinha um tipo exótico e atraente o suficiente para a Universal mantê-la sobre contrato por uns tempos. Tentou mudar o rumo das coisas fazendo uma peça na Broadway, A Stone for Danny Fisher, de Harold Robbins, depois famoso escritor. Mas logo para sobreviver aceitou fazer 5 filmes do mais baixo B para Roger Corman (que na época não tinha o prestígio do futuro). Finalmente em 1959, ela teve um romance proibido, mas muito divulgado, com o Rei Hussein (1935-99) da Jordânia.  Como ele era árabe e casado varias vezes, naturalmente proibido. O final teria sido porque ele finalmente descobriu que ela era judia!

Susan havia sido casada com Martin Sacker de 1944 a 51 (aparentemente para fugir da vida sem lar ou família)  e se casaria com o ator  Michael Roman de 1968 a 83. A tragédia foi que o filho deles Timothy Scott Roman, nasceu anão. Em 10 de dezembro de 1986 ele matou a mãe em Encino, California. Parece que Susan naquela altura sofria de paranóia e outros problemas mentais (o fim da relação com Hussein em nada ajudou). Ela estava dormindo quando ele a atacou com pesos de ginástica. Foi condenado por assassinato não premeditado porque usou em seu favor o fato de ser sofrido durante anos abuso físico e mental. Só foi condenado à três anos. Susan teria também ficado perturbada por ter tomado as drogas para crescer que eram do filho!           

 

Filmografia

1947- O Beijo da Morte (Kiss of Death, sem crédito). 1950- Samoa (On the Isle of Samoa, de William Berke, com Jon Hall). 1951- Um Preço para Cada Crime (The Enforcer, de Raoul Walsh e B. Windust com Bogart. Sem crédito), Coração Selvagem (Tomahawk, de George Sherman, com Van Heflin. Seu primeiro papel marcante a índia Monahsetaa), O Principe Ladrão (The Prince Who was a Thief, de Rudolph Maté com Tony Curtis), Paixão de Beduíno (Flame of Araby, de Charles Lamont, com Jeff Chandler). 1952- O Levante dos Apaches (The Battle at Apache Pass, de George Sherman com Jeff Chandler), Onde Impera a Traição (The Duel at Silver Creek, de Don Siegel, com Audie Murphy), O Filho de Ali Babá (The Son of Ali Baba, de Kurt Neumann, com Tony Curtis). 1953- A Morte tem seu Preço (Gunsmoke, de Nathan Juran, com Audie Murphy. Primeiro papel central). 1954- Traição Cruel (Ride Clear of Diablo, de Jesse Hibbs com Audie Murphy. Acaba seu contrato com a Universal). 1957- Sorority Girl (Filme B de Roger Corman), The Saga of the Viking Woman (and their Voyage to the Waters of the Great Sea Serpent), de Roger Corman, Carnival Rock, de Roger Corman. 1958- Dominados pelo Ódio (Machine-Gun Kelly, de Roger Corman, com Charles Bronson), Forte Massacre (Fort Massacre, de Joseph Newman, com Joel McCrea), Guerra dos Satélites (War of the Satelittes, de Roger Corman), Tentação Morena (Houseboat, de Meville Shavelson, com Cary Grant. Sem crédito). 1959- Os Heróis não se Rendem (Surrender-Hell, de John Barnwell com Keith Andes), A Mulher Vespa (The Wasp Woman, de Roger Corman)

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro, é também o crítico de cinema do portal R7. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde está atualmente com o programa TNT+Filme e onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de ?Éramos Seis? de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o ?Dicionário de Cineastas?, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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