RESENHA CR�TICA: Crimes em Happy Time (The Happy Time Murders)

N�o serve para crian�a e adulto n�o acha gra�a em bonecos. Isso nos faz suspeitar de que tem grandes chances de n�o dar certo!

27/09/2018 16:20 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Crimes em Happy Time (The Happy Time Murders)

tamanho da fonte | Diminuir Aumentar

Crimes em Happy Time (The Happy Time Murders)

EUA, 18. 91 min. Com Melissa McCarthy,Elizabeth Banks, Maya Rudolph (os outros atores creditados apenas dublam em inglês). Direção de Brian Henson.

Atenção: o filme teve nos EUA a censura R, ou seja, proibida para menores por seu conteúdo grosso e sexual, assim como a linguagem e algumas referencias de drogas.

A opinião geral dos norte-americanos foi a mesma: não leve as suas crianças para ver este filme que não é indicada para elas (há uma diferença com nossos hábitos, por lá se levar o filho junto com você, poderá ver o filme sem problemas. A responsabilidade é do pai). Ainda assim há uma razão importante para que este filme esteja sendo o primeiro filme projeto dos Muppets, os adoráveis bonecos infantis (que particularmente sou super fãs deles e do antigo Muppet Show!). E quem dirige é justamente Brian Henson, que é o herdeiro justamente do criador disso tudo, o Jim Henson, que morreu prematuramente enquanto os direitos pertencem a Disney! (a firma de Brian agora se chama HA! Ou “Henson Alternative” com exclamação).

Há uma razão maior para esta mudança que merece uma explicação: os Muppets foram muito cultuados há mais de 40 anos atrás, mas as mais recentes tentativas de reciclá-los não deu certo, foram fracasso de bilheteria (também porque não conseguiram ressuscitar sua magia original). Para tentar uma alternativa então fazem Muppets policiais para adultos, se inspirando um pouco no famoso Roger Rabitt (adulto, mas nunca muito apelativo!) e também quiseram usar como modelo um famoso show musical de teatro, também encenado no Brasil, que foi o ótimo “Avenue Q” (também temos que registrar que em Las Vegas é tradicional essas brincadeiras com palavrões e bonecos). Outra novidade é que o produtor deste filme é a comediante Melissa McCarthy, que até a pouco foi muito festejada, mas tem insistido em trazer junto seu marido ator e diretor Ben Falcone que infelizmente não tem grandes talentos. Na verdade, em vez de desenvolver grandes tramas e humor visual, insistem em apelações para ter determinadas ousadias. O boneco mais marcante é P.I. Phil que se envolve com uma boneca fatal Sandra (e se descobre que ele foi um eficiente policial, mas agora em decadência). Há casos de assassinato o que faz com que se una à humana Connie (McCarthy) e até a droga heroína! Os críticos americanos levantaram a questão de que muitos momentos não têm nada de engraçado ou aceitável. Vejam o paradoxo, não serve para criança e adulto não acha graça em bonecos porque afinal de contas ele espectador é machão e não ri das mesmas coisas! Tudo isso nos faz suspeitar de que tem grandes chances de não dar certo!

Linha
tamanho da fonte | Diminuir Aumentar
Linha

Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

Linha

relacionados

Todas as m�terias

Efetue seu login

O DVDMagazine mant�m voc� conectado aos seus amigos e atualizado sobre tudo o que acontece com eles. Compartilhe, comente e convide seus amigos!

E-mail
Senha
Esqueceu sua senha?