RESENHA CR�TICA: O Parque (Le Parque)
Trata-se de um filme muito especial, peculiar, diferente de tudo


O Parque (Le Parque)
França, 2017. 1h11 minutos. Direção de Daminen Manuel. Com Naomie Vogt-Roby, Maxime Badellerie, Soberé Sessouana.
Trata-se de um filme muito especial, peculiar, diferente de tudo e que com um pouco de paciência poderia ter sido feito por um brasileiro estudante de cinema. Muito simples, quase primário, consegue porém ter um charme, dividido em dois atos, a descoberta do amor e depois a desilusão. Até a dupla de jovens atores, muito amadores, consegue ter um certo encanto. Ou seja, um filme diferente, que pode agradar alguns e ser desprezado por outros. Sua simplicidade pode ser irritante, mas para mim este exercício minimalista teve certo charme.
Passa-se num parque francês, embora tenha me lembrado o parque britânico de Blow Up. Durante o verão, dois adolescentes se encontram num parque como seu primeiro encontro. Aos poucos os dois vão se conhecendo melhor e até se apaixonando. Mas conforme vai chegando a tarde, começa o momento deles se separarem. e a noite poderá ser longa...
Nessa segunda parte, chega a melancolia, que de certa maneira é aflitiva para o espectador. Mesmo com a ajuda onipresente de celular! Mas o filme noturno se torna sombrio e até mesmo bizarro, numa caminhada para trás! E um encontro de um empregado com a mademoiselle! Que torna o filme ainda mais esquisito... Ao menos é original...


Sobre o Colunista:
Rubens Ewald Filho
Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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