Minha Irm� (L�Enfant d�Em Haut)

O que podia ser um filme sem atrativo resulta numa hist�ria humana, original e at� mesmo tocante

15/06/2015 00:41 Por Rubens Ewald Filho
Minha Irmã (L´Enfant d´Em Haut)

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Minha Irmã (L´Enfant d´Em Haut)

Suíça, França, 2012. 97 min. Direção de Ursula Meier. Com Léa Seydoux, Kacey Mottet, Klein, Gillian Anderson, Martin Compston, Jean-François Stévenin, Gabin Lefebvre

Chega já com bastante atraso este filme que representou a Suíça no Oscar de filme estrangeiro, ganhou um Urso de Prata em Berlim, foi indicado ao César de ator revelação, ao European Film Awards, ao Independent Spirit, e três prêmios na Suíça (roteiro, ator e filme). Embora eu o tenha visto quando concorreu ao Oscar (e o revi de novo) é interessante como é um dos raros que ficou marcado na minha memória, a história me comoveu e interessou. A diretora Meier nasceu na França, e já fez nove filmes entre curtas e longas, que não passaram por aqui (um deles chamado Home parece muito interessante sobre cidadezinha esquecida que muda quando reabrem uma estrada). Antes de ficar tão famosa, o principal papel feminino é feito por Léa Seydoux, do notório Azul é a Cor Mais Quente.

A história se passa numa estação de esqui na Suíça (embora as imagens sempre fujam do turístico) onde um garoto, Simon aproveita para roubar os turistas, levando esquis, botas, luvas, que depois revende para poder sustentar sua irmã mais velha e irresponsável, que alterna namorados e empregos, sem ter uma razão de ser. O irmão com 12 anos, cozinha, faz limpeza, sabe cuidar de equipamento de esquis, mas vive sempre a um passo de ser pego ou castigado ou coisa pior. O filme é basicamente isso a vida de duas criaturas sem futuro, perdidas, se desencontrando. Curiosamente o que podia ser um filme sem atrativo resulta numa história humana, original e até mesmo tocante.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho � jornalista formado pela Universidade Cat�lica de Santos (UniSantos), al�m de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados cr�ticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores ve�culos comunica��o do pa�s, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de S�o Paulo, al�m de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a d�cada de 1980). Seus guias impressos anuais s�o tidos como a melhor refer�ncia em l�ngua portuguesa sobre a s�tima arte. Rubens j� assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e � sempre requisitado para falar dos indicados na �poca da premia��o do Oscar. Ele conta ser um dos maiores f�s da atriz Debbie Reynolds, tendo uma cole��o particular dos filmes em que ela participou. Fez participa��es em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para miniss�ries, incluindo as duas adapta��es de “�ramos Seis” de Maria Jos� Dupr�. Ainda crian�a, come�ou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, al�m do t�tulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informa��es. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicion�rio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o �nico de seu g�nero no Brasil.

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