RESENHA CRTICA: Vizinhos 2 (Neighbors: Sorority House II)

Francamente esta chanchada muito pior que qualquer filme brasileiro do gnero

23/05/2016 00:09 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Vizinhos 2 (Neighbors: Sorority House II)

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Vizinhos 2 (Neighbors: Sorority House II)

EUA, 16. 92 min. Direção de Nicholas Stoller. Com Seth Rogen, Rose Byrne, Zac Efron, Chloe Grace Moretz, Dave Franco, Selena Gomez, Lisa Kudrow, Kelsey Grammer, Ike Barinholtz.

Estreou meio às pressas, simultâneo com os Estados Unidos, esta lamentável continuação de uma comédia original que já era patética. O culpado maior poderia ser o diretor Nicholas Stoller, o realizador de confiança de Seth Rogen, especializado em comédias sobre maconha e repúblicas de estudante. Sua carreira é uma questão de gosto e inclui o primeiro Vizinhos, 14, Cinco Anos de Noivado, O Pior Trabalho do Mundo (com Russell Brand, que ultimamente pirou de vez!) e Ressaca do Amor (aquele em que Jason Segell passa a maior parte do filme pelado, que acreditem não é uma coisa que ninguém precisa passar por isso!).

O filme, se é que podemos chamar assim, é uma chanchada abominável que pode ser descrita desta forma: o casal que morava naquela casa ao lado de uma república de estudantes, agora tem uma criança de dois anos (que passa o filme todo brincando com “dildos” e “falos”) e querem vender o lugar. O problema é que a mesma casa ao lado agora vai ser uma república de garotas ainda mais radicais e descontroladas que os rapazes do filme anterior. Então o problema deles é não deixar o casal que vai ficar com o lugar sabendo que vão cair numa cilada.

A cena inicial da farsa mostra o casal (o Seth Rogen que continua fazendo sempre o mesmo tipo e insistindo em ficar semi pelado! E a australiana Rose Byrne, que é outra daquelas figuras que parecem estar em tudo que é filme vai entender porque!), eles estão transando na cama, com o marido fazendo barulhos de prazer quando ela começa a arrotar e logo depois vomita nele! Não é um primor de bom gosto e uma obra prima de humor refinado?

Pois foi justamente essa produção desprezível que teve nos EUA muitas críticas positivas, que decretou que era até melhor que o original (talvez seja mesmo mais rápido), feminista e engraçado. O que nos consola é que definitivamente os pseudos críticos americanos são muito, mas muito piores que os nossos. Até porque o filme parece ter sido editado por um machado, sem ritmo, sem narrativa concreta, ou seja, gostar dele só pode ser causado por um delírio coletivo ou já fruto da liberação da maconha (quase sempre consentida nos cinemas locais).  

É fundamental também registrar a presença do astro do filme anterior, o baixinho Zac Efron, que desta vez não se despe mas exibe o corpo bombadíssimo. Ele fica entre os dois fogos, as meninas e os antigos vizinhos, agora amigos dele. Tem outro conflito que ao menos é positivo para o LBGT, já que o irmão de James Franco (mais baixo e mais fotogênico) faz um colega de república que se assume gay e vai se casar, deixando Zac sem ter onde morar e sentindo-se traído. A chefe das meninas é a Chloe Moretz que continua a não me convencer e são desperdiças as rápidas aparições de Lisa Kudrow e Kelsey Grammer. Ah, para terem uma coadjuvante gorda e descontrolada chegaram ao cúmulo de conseguir uma sósia mais nova de Rebel Wilson ainda menos engraçada.

Francamente esta chanchada é muito pior que qualquer filme brasileiro do gênero que a gente costuma pichar. Nem tem comparação. Injustiça nossa.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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