RESENHA CRTICA: Joe (Idem)

O filme lento, sombrio e seu desenlace extremamente previsvel

26/11/2015 13:45 Por Rubens Ewald Filho
RESENHA CRÍTICA: Joe (Idem)

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Joe (Idem)

EUA, 13. 117 min. Direção de David Gordon Green. Roteiro de Gary Hawkins, baseado em livro de Larry Brown. Com Nicolas Cage, Tye Sheridan, Gary Poulter, Adriene Mishler, Sue Rock, Ronnie Gene Blevins, Brian Mays.

Se você é daqueles que achava que Nicolas Cage estava cometendo suicídio em sua carreira estrelando filmes B e C, em geral de ação banal e até do fim do mundo segundo os mórmons. Este aqui foi o filme que ele resolveu aceitar sabendo que seria um fracasso de bilheteria (custou apenas 4 milhões de dólares mas não rendeu mais de 300 mil). Mas onde poderia ter uma interpretação mais séria e responsável.

Na verdade, tenho que admitir que nunca gostei do Sr. Cage, nem mesmo no filme que lhe deu o Oscar (Despedida em Las Vegas, 95) e ele continua com a mesma política de fazer qualquer coisa desde que lhe paguem bem (o recente Fator de Risco saiu aqui diretamente em DVD, tem um outro semelhante chamado de Pay the Ghost e vários projetos, que incluiriam outro National Treasure mas também filmecos que se intitulam sintomaticamente de Army of One, Dog eat Doge, The Trust!).

Enfim, ele teria aceitado o projeto porque achou que o diretor David Gordon Green merecia respeito, embora tenha feito coisas como Segurando as Pontas (sobre maconha!), os aqui inéditos George Washington, 2000, Prince Avalanche, o recentíssimo e fracassado Our Brand is Crise/Especialista em Crise, com Sandra Bullock, o abominável Sua Alteza?, outra comédia horrível chamada, vejam só, O Babá (Ca)/The Sitter, com Jonah Hill. E já basta... Um detalhe curioso do diretor, ele gosta de escalar em seus filmes atores amadores. Aqui escolheu um morador de rua de Austin, Texas, para fazer o papel do pai do menino Tye Sheridan em torno do qual gira todo os drama da história. Esse sujeito chamado Gary Poulter, era homeless/sem teto e morreu dois meses nas ruas da cidade depois de ter concluído o filme!

O que sem dúvida fornece um impacto para o filme que é já pesado e desagradável mesmo sem essa informação.Cage faz Joe, um ex-presidiário que conhece um rapaz de 15 anos numa cidadezinha sulista, chamado Gary (Tye, tem sido ator juvenil em filmes como Como sobreviver a um Ataque Zumbi, Amor Bandido, A Árvore da Vida, e será Cyclops, no novo X Men: Apocalipse. Por este filme ganhou o Prêmio Mastroianni para ator jovem no Festival de Veneza. Aliás o filme participou de muitos festivais mas só levou outro secundário em Veneza e uma menção ao falecido em Austin).

Voltando à historia: o Rapaz sofre muito nas mãos do pai violento e abusivo e fica amigo de Joe, que esta trabalhando com outros veteranos na floresta. O filme é lento, sombrio e seu desenlace é extremamente previsível. Para ser justo, Cage esta melhor do que costume, o que na verdade não é um grande elogio.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho jornalista formado pela Universidade Catlica de Santos (UniSantos), alm de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados crticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veculos comunicao do pas, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de So Paulo, alm de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a dcada de 1980). Seus guias impressos anuais so tidos como a melhor referncia em lngua portuguesa sobre a stima arte. Rubens j assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e sempre requisitado para falar dos indicados na poca da premiao do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleo particular dos filmes em que ela participou. Fez participaes em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minissries, incluindo as duas adaptaes de “ramos Seis” de Maria Jos Dupr. Ainda criana, comeou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, alm do ttulo, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informaes. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionrio de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o nico de seu gnero no Brasil.

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