Rio de Janeiro, 1886. A divina Sarah Bernhardt, em sua primeira visita ao país, apresenta-se no Teatro São Pedro de Alcântara encantando os cariocas ávidos pela cultura francesa. O público curva-se a seus pés e até o Imperador Dom Pedro II lhe faz uma reverência, seguida de uma inconfidência: um precioso violino Stradivarius, desaparecera. A atriz faz uma sugestão: por que não convidar seu amigo, o lendário detetive inglês Sherlock Holmes para solucionar o caso? O Rio de Janeiro vive o apogeu de sua bela época tropical. A cidade respira influência francesa nos salões, nos saraus, nas livrarias. Jovens intelectuais discutem literatura e política com personagens que farão parte da história do país, como Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga e José do Patrocínio.

Enquanto a imprensa consagra a divina Sarah no palco, nas ruas uma prostituta é morta com requintes de crueldade. O assassino faz questão de deixar sua assinatura no cadáver: as orelhas decepadas e uma corda de violino estrategicamente colocada. O crime mexe com os nervos frágeis do Inspetor Mello Pimenta. A sociedade não pode tolerar aquele crime - e muito menos um segundo, com as mesmas características, repetido dias depois. Ao saber da chegada de Sherlock Holmes, o delegado carioca solicita seu auxílio para capturar o criminoso.

Sherlock Holmes e Watson parecem chegar ao Rio com a expectativa de turistas europeus em férias. Aos poucos, porém, serão obrigados a enfrentar perigos numa imaginados.