Sem Filhos (Sin Hijos)

Uma comédia sem graça, tecnicamente competente e sem apelações ou gritarias como as nossas

04/11/2015 13:45 Por Rubens Ewald Filho
Sem Filhos (Sin Hijos)

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Sem Filhos (Sin Hijos)

Espanha, Argentina, 2015. 90 min. Direção de Ariel Winograd. Com Maribel Verdu, Diego Peretti Guadalupe Manent, Horacio Fontova, Marina Bellati, Martin Pioransky. 

As comédias brasileiras andam em tão mal estado (não é o fato de algumas terem 3 milhões de espectadores que isso a torna melhores)  que serve de consolação o fato de que as argentinas não estão muito melhores.  Esta aqui que é uma coprodução com a  Espanha  e traz a estrela espanhola Maribel Verdu (de longa carreira mas que teve um de seus momentos maiores com  E Sua Mãe Também, Labirinto do Fauno e anteriormente Os Amantes de Vicente Aranha e Sedução de  Fernando Trueba). Ela faz parceria com o veterano argentino Diego Peretti (que tem outro filme entrando em cartaz aqui, Papéis ao Vento).

O argumento é tão banal que nem os norte-americanos seriam capazes de utilizá-lo, dada sua previsibilidade. De qualquer forma, teriam escalado um ator mais jovem um pouco do que Diego que convenceria melhor como o marido divorciado que cria sua filha (a mulher está grávida de um marido seguinte). O problema vejam que besteira! É que tempos atrás ele conheceu uma espanhola atraente com quem não pode viajar (Maribel ainda em forma) e que faz questão de dizer que odeia crianças. Tempos depois, sendo dono de uma loja de instrumentos musicais, a reencontra e começam a namorar, em encontros sexuais muito intensos. E o que ele pode fazer com a filha? Não precisa ser adivinho para perceber como tudo vai terminar, apesar de terem chamado para o papel uma garota gorda, feiosa e pedante que não ajuda nada. Há filhas e filhas, mas com aquela do filme realmente exigiria um super esforço para assumir.

Enfim, uma comédia sem graça, tecnicamente competente e sem apelações ou gritarias como as nossas.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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