Crítica sobre o filme "Promessas de Guerra":

Rubens Ewald Filho
Promessas de Guerra Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/05/2015

Este é o primeiro longa de ficção como diretor do astro Crowe (ele fez antes curtas e documentário) que parece ter se dedicado ao projeto que tem especial importância para o público australiano. Seria bom que o espectador tivesse visto antes um filme antigo, que foi dos primeiros êxitos de Mel Gibson, depois de Mad Max: o Gallipoli, 81, de Peter Weir, que contava em detalhes como foi a terrível batalha na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial, na chamada batalha de Gallipoli, que foi das piores derrotas daquele país, até hoje lamentada.

Se aquele filme mostrava em detalhes o desastre que foi o embate e o massacre dos jovens australianos, Crowe resolve pegar outro desvio da história. Ele faz um fazendeiro australiano Joshua Connor que vai justamente para a Turquia, para conseguir encontrar o cadáver dos três filhos que morreram no conflito e tentar entender como foi que eles foram sacrificados (o filme ganhou da Academia Australiana os prêmios de melhor filme e melhor coadjuvante Yilmaz Degorgan). E o filme foi lançado nos EUA em 24 de abril que lembrava o centenário da tragédia de Gallipoli (por coincidência no mesmo dia do massacre dos armênios!).

Connor encontra em Istambul um insensível oficial britânico e uma bela viúva turca. Eventualmente encontrará um oficial turco que o irá ajudar. Houve críticos que reclamaram que o roteiro sintetizou alguns detalhes, mudou informações para a conveniência da história que queriam contar. Mas é sempre assim em filmes do gênero, e este aqui passa meio por cima de todos os detalhes, se fixando naquilo que você já esperava desde o começo. O resultado é médio, não chega a emocionar como devia, nem irritar como poderia.