Crítica sobre o filme "Campeao, O":

Rubens Ewald Filho
Campeao, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/04/2012

Refilmagem de um clássico de 31, com Wallace Beery e Jackie Coogan, dirigido por King Vidor. Foi o primeiro filme americano de Zeffirelli que ia ser feito com Ryan O´Neal (mas este exigiu que o filho Griffin fizesse o papel central, e o diretor insistiu em Schroeder). No novo roteiro, há 35 minutos a mais de projeção (porque a importância da mãe aumentou ao decidir reaver o filho depois de um afastamento de sete anos). Lançado no Ano Internacional da Criança, a fita pretendia apenas emocionar, contar uma história forte e bonita. Há problemas: o ritmo è lento, há sequências dispensáveis (desfiles de moda), locações luxuosas e tudo parece bonito demais (até a pobreza). O personagem do boxeador (o pai) é inconsistente como ex-campeão mundial (Robert Redford chegou a querer fazer o personagem desde que fosse transformado em corredor de automóveis), mas Voight dá o máximo de empenho (Faye posa de sofisticada, apenas). O garoto Ricky é bom e, como o diretor se propõe a "apunhalar o coração do espectador", é difícil não ficar com um nó na garganta e evitar lágrimas - principalmente no final. Uma curiosidade: numa cena, ao que parece improvisada pelos atores, eles falam no Brasil e cantam um cha-cha-cha! Experimente.