Crítica sobre o filme "Profecia II, A":

Marcelo Hugo da Rocha
Profecia II, A Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 07/03/2003

A premissa de comentar este filme é esquecer o que escrevi do primeiro, porque este é um passeio no parque... Aquela tensão do primeiro é fragilizada pela ausência de Jerry Goldsmith, apesar de constar nos créditos mas como responsável pela trilha original de A PROFECIA. Como já escrevi na resenha do primeiro, não precisaria uma continuação, deixando em pânico os espectadores pela possível presença de um anti-cristo entre nós (mas acho que na época não se cogitava numa seqüência...). Tanto faz, a verdade é que este filme é fraco, com uma leve tensão, mesmo que o início seja promissor, descamba por caminhos repetitivos que chegam atediar um pouco.

É engraçado (e bem fácil) de identificar quem vai morrer, tirando todo e qualquer suspense, mesmo que o corvo (lá eram rotweillers) demore um pouco para aparecer. Até o final é demais claro que irá acontecer. Veja bem, que não resta ninguém da primeira produção, exceto o personagem Bugenhagen, que morre logo no início e o produtor, Harvey Bernhard, que chega a ser tão óbvio do porquê da realização das continuações (inclusive a feita para a TV). Novamente, aqui se tem um diretor quase estreante (Richard Donner, antes de A PROFECIA, tinha pouquíssimos trabalhos e para a TV, e depois seu deu muito bem o rapaz...), Don Taylor. Por sua vez, ele é reconhecido apenas por trabalhos na TV e como ator. Faleceu em 98 de ataque cardíaco.

Sente-se que o filme é frouxo, meio "inerte" sem aqueles preciosismos de fotografia do primeiro. É um filme comum, diferente do clássico de 1976. Por fim, desta vez a curiosidade do filme é o ator que interpreta Damien, Jonathan Scott-Taylor, que nasceu em São Paulo em 62 e que não realizou mais nada no cinema.