Crítica sobre o filme "Melodia Imortal":

Rubens Ewald Filho
Melodia Imortal Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/10/2019

Um dos meus filmes preferidos. É um primor de elegância, romance e adequação de trilha musical, esta biografia do pianista favorito da sociedade novaiorquina nos anos trinta e quarenta, Eddy Duchin (é Carmem Cavallaro, que apesar do nome é homem, quem toca as músicas no estilo de Duchin, Tyrone faz apenas o gestual). Não chega a perder muito em vídeo (ele foi feito no formato Scope e cada enquadramento original é perfeito) porque a história é muito forte. Eddy chega a Nova York, logo se envolve com uma garota rica de sociedade com quem se casa (Kim Novak está no esplendor da beleza). Mas ela morre ao nascer o filho (numa sequência romântica antológica), ele vai lutar na Guerra e quando retorna o garoto já está grandinho (Rex) e cuidado por uma jovem australiana (a já falecida Victoria lançada nesta fita, mas que não fez carreira apesar de talentosa). Eventualmente todos se reconciliam, mas Eddy descobre que sofre de leucemia. Tudo é traçado com muito bom gosto, utilizando como tema central um Noturno de Chopin, entremeado de êxitos variados (inclusive Aquarela do Brasil). No gênero, um clássico.