Crítica sobre o filme "Border":

Rubens Ewald Filho
Border Por Rubens Ewald Filho
| Data: 26/04/2019

Este filme foi indicado aos finalistas do Oscar de produção estrangeira (mas não classificado) sendo destacado como um dos poucos como melhor maquiagem! Um fato raro entre países menos famosos. Na verdade, o filme custou a ser distribuído no Brasil, é bizarro e curioso, com um elaborado trabalho de maquiagem, já que se trata basicamente de um casal deformado (principalmente no rosto). Sim, bastante assustador, se tiver paciência (se conseguir e ter tempo de uma olhada na biografia dos dois protagonistas, que com rosto lavados são até bonitos e bem tratados). Enfim, a proposta do filme é realmente ser diferente e bizarro, quase terror. A heroína chamada Tina é uma mulher de certa idade que tem todo seu rosto estragado, não se sabe bem porque, como se fosse mesmo um monstro. O interessante é que ela tem uma qualidade rara de ser capaz de perceber pelo nariz que os passageiros de avião têm defeitos ou vontade de cometer crimes. Tina se exerce no aeroporto na chegada de turistas e tem especial prazer em ficar em contato com animais selvagens como cervos e raposas. Ela tem ainda um velho pai e um irmão de mau caráter, quando miraculosamente fica conhecendo um sujeito que se parece muito com ela, Vore, e que são tão semelhantes que eventualmente se tornam amigos e depois namorados e assim por diante...

Enfim, é um filme original e esquisito, que não sei até que ponto irá estragar corações mais sensíveis. Ainda assim, é evidente que se difere de muitos outros.