Crítica sobre o filme "MIB 3 - Homens de Preto III":

Rubens Ewald Filho
MIB 3 - Homens de Preto III Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/05/2012

Dez anos depois do Homens de Preto 2 (2002) e quinze após o primeiro (1997), chega finalmente o terceiro capítulo e a verdade é que ninguém estava especialmente ansioso por sua chegada.

A boa notícia é que ele é bem menos ruim do que o anterior, já que a lembrança que ficou dele é a de um filme completamente equivocado. Mas também não é nenhuma maravilha.

É relativamente curto, razoavelmente engraçado e totalmente descartável. Não ofende, mas não traz nenhuma razão particular para ser visto. Mesmo com alguns monstros vomitando na tela do 3D.

Will Smith (Agente J) ao menos parece esforçado em conseguir alguma graça de um roteiro medíocre que descarta o Agente J, Tommy Lee Jones para um segundo plano, já que é todo em cima de uma viagem no tempo.

Ele tem que viajar até 1969 para corrigir um erro e modificar o passado e assim impedir que a Terra seja destruída por uma invasão de ETs de um planeta belicoso (que não é das histórias mais novas já vistas).

A novidade é o K é interpretado por outro ator, que o faz mais jovem, Josh Brolin, uma discreta e convincente imitação de Jones (Brolin é um bom ator, mas de carisma zero). Enquanto isso está solto um super vilão Boris, o Animal (Clement) que inicia o filme fugindo da prisão na Lua.

De qualquer forma, tem as velhas citações de Ets que fazem se passar por humanos (entre eles, Lady Gaga, Tim Burton, Justin Bieber) e a novidade seria brincar com algumas citações de época (na verdade lembrando um pouco Sombras da Noite de Burton que estreia em breve que acontece no começo dos anos 70).

Como uma visita à The Factory de Andy Warhol (feito por Bill Hader). Mas em geral é um desperdício de elenco, porque eles têm muito pouco a fazer, e isso, infelizmente, inclui a ótima Emma Thompson que está perdida como a chefe da organização.

Smith não fazia um filme há tempos, há três anos e meio desde o malsucedido Sete Vidas (08) e Spielberg continua assinando a coprodução pela produtora Amblin (e a gente sente sua mão, ou sua digital, na resolução da história que cai no sentimentalóide tão caro a ele).

Embora seja fácil de ver e as pessoas estejam nostálgicas e com certa boa vontade, não me convenceu ou/e entusiasmou.