Crítica sobre o filme "Legado Bourne, O":

Rubens Ewald Filho
Legado Bourne, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/10/2012

Este foi o último blockbuster do ano, ao menos em pretensão. Quebrou a cara tenho, eu a impressão (125 milhões dólares de orçamento e rendeu até agora 110) por que deram a liderança do projeto para um roteirista superestimado, o realizador de toda Trilogia Bourne, Identidade, Ultimato e Supremacia, ou seja, era de se supor que ninguém melhor que ele entendesse do assunto. Puro engano. O equívoco já começa com a escolha do galã, que pelo jeito, na falta de outra alternativa, sobrou para Jeremy Renner, que foi indicado a dois Oscars, por Atração Perigosa (2011) e Guerra ao Terror (2010), além de fazer parte dos Vingadores.

Não é mau ator, mas lhe falta carisma e tipo para liderar um filme do gênero. Aliás, todo o elenco parece meio constrangido e pouco a vontade diante do que lhe deram para fazer.

Os acontecimentos que o filme mostra coincidem com aqueles que sucederam durante o Ultimato. Um repórter inglês, já visto no primeiro da série (Paddy Considine), está trabalhando para denunciar uma gangue de repórteres britânicos e denunciar os Black OPs.

E por isso se juntam vários operadores da Treadstone e Black Briar Jack, ex-espiã, o entrega para uma mulher que os fornece à polícia. Os agentes desse grupo resolvem sumir com as provas e também os envolvidos no caso. Queimam o arquivo. Um deles consegue sobreviver e assim vai a história...

Agora me diga: entendeu alguma coisa? Não é fácil mesmo dentro do filme, ficam devendo cenas de ação exótica (os dois anteriores eram infinitamente superiores e mesmo curiosos). Não consigo entender também por que não seguiram os dois últimos que dava a impressão de que estávamos no carro ou moto ou dando saltos inacreditáveis de teto para teto. Meio James Bond só que muito mais fácil de acreditar porque todo feito em locações menos sofisticadas.

Engraçado, vi o filme e já me esqueci completamento do elenco. Nem tanto de Jeremy, mas quem foi a mocinha? Rachel Weisz claro, sra. James Bond e amigona do Fernando Meirelles. Quanto à série, acho que não estamos livres dela, vão inventar algum reboot!